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26/Out/2021

Focus eleva projeções do dólar para 2021 e 2022

INFLAÇÃO

Após as manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família a R$ 400,00, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 apresenta piora significativamente e já começaram a aparecer sinais de desancoragem mais ampla, com as estimativas para 2023 e 2024 também superando o centro das metas estabelecidas. A estimativa mediana para 2021 saltou 0,27%, de 8,69% para 8,96%, a 29ª alta consecutiva, cada vez mais distante do teto da meta (5,25%) a ser perseguida pelo Banco Central. Há um mês, estava em 8,45%. A projeção para o índice em 2022 também continua subindo, de 4,18% para 4,40%, 14º aumento seguido. Quatro semanas atrás, estava em 4,12%. A expectativa para o IPCA em 2023 subiu de 3,25% para 3,27%. No caso de 2024, a previsão passou de 3,00% para 3,02%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente. A meta para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5% (de 1,75% a 4,75%). Para 2024, o objetivo é de 3,00%, com margem de 1,5% (de 1,5% para 4,5%).

PIB

A previsão para Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 apresenta queda, de 5,01% para 4,97%. Há quatro semanas, estava em 5,04%. Para 2022, a previsão de expansão do PIB passou de 1,50% para 1,40%. Quatro semanas atrás, estava em 1,57%. Para 2023, a projeção de crescimento cedeu de 2,10% para 2,00%, de 2,20% há um mês. Para 2024, a estimativa passou de 2,50% para 2,25%, ante 2,50% de quatro semanas atrás. A piora mais ampla nas expectativas de crescimento ocorre depois das manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família a R$ 400,00. Na semana passada, diversas instituições alteraram seus cenários prevendo deterioração econômica devido à perda de credibilidade da âncora fiscal.

JUROS

Depois das manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família a R$ 400,00, as instituições passaram a prever aceleração no ritmo de alta da Selic (a taxa básica da economia) e níveis mais altos no fim de 2021 e 2022, prevendo uma deterioração econômica devido à perda de credibilidade da âncora fiscal. Para este ano, a estimativa subiu de 8,25% para 8,75%, o que supõe uma aceleração no passo de alta de juros, até setembro em 1%, ainda este ano. Há um mês, a mediana era de 8,25%. A estimativa para o fim de 2022 passou de 8,75% para 9,50%, uma das mudanças mais bruscas da história da pesquisa de uma semana para a outra. Há quatro semanas, estava em 8,50%. A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 passou de 6,50% para 7,00%, de 6,75% há quatro semanas. Para 2024, continuou em 6,50%, como há um mês.

DÓLAR

Há alteração para o cenário da moeda norte-americana em 2021 e 2022. A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período este ano passou de R$ 5,25 para R$ 5,45, ante R$ 5,20 de um mês atrás. Para 2022, a estimativa para o câmbio também subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45, de R$ 5,24 há quatro semanas. Depois das manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família a R$ 400,00, diversas instituições alteraram seus cenários, prevendo uma deterioração econômica maior devido à perda de credibilidade da âncora fiscal.

Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.