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20/Out/2021

Brasil precisa investimentos em segurança hídrica

Segundo o mais recente levantamento feito pela Agência Nacional das Águas (ANA) publicado na 2ª edição do Atlas Águas, onze anos após a primeira edição, o Brasil precisa investir R$ 110 bilhões até 2035 para melhorar a segurança hídrica das cidades brasileiras. De acordo com o estudo, apenas 7 milhões de brasileiros vivem em cidades com segurança hídrica máxima, e somente 667 cidades, de um total de 5.570 contam com um sistema de água eficiente. Em termos de perdas no abastecimento de água, nenhum município brasileiro está na Classe A1, a mais eficiente segundo a classificação internacional.

Em sua segunda edição, o Atlas Águas apresenta um novo índice de segurança hídrica para todos os municípios do Brasil, levando em consideração tanto o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) quanto as recentes crises hídricas ocorridas em diferentes regiões do País. O levantamento aponta que 77,3 milhões de brasileiros (36% da população urbana) vivem em 1.975 cidades com abastecimento de água classificado com segurança hídrica média; 50,8 milhões em 785 cidades com segurança hídrica baixa ou mínima; 50,2 milhões em 2.143 sedes urbanas com alta segurança hídrica; e apenas 7 milhões com segurança hídrica máxima.

Os investimentos projetados até 2035 deverão ser focados na infraestrutura de produção e distribuição de água, reposição de ativos dessas infraestruturas, controle de perdas e medidas voltadas para a gestão da água. As Regiões Sudeste e Nordeste receberiam 76% do total a ser investido, por terem maiores contingentes populacionais. O trabalho da agência constatou que quase metade das cidades brasileiras (44%) têm fontes de captação de água vulneráveis que atendem a 5,8 milhões de habitantes, enquanto 56% das cidades possuem mananciais não vulneráveis no aspecto de segurança hídrica, eventos críticos (como secas e enchentes), mudanças climáticas e resiliência, totalizando uma população de 105,6 milhões de pessoas.

Em 39% das cidades há sistemas produtores de água satisfatórios, em 42% são necessárias ampliações das unidades e em 19% há necessidade de adequações nos sistemas. Com relação às perdas de água no abastecimento, 22% das cidades brasileiras utilizam os recursos hídricos de modo ineficiente, 13% necessitam reduzir vazamentos, 19% têm potencial para melhorias significativas no tema e 46% precisam realizar avaliações para confirmar a efetividade das melhorias nos índices de perdas. Sobre os índices de cobertura do abastecimento, 3.574 cidades têm índices superiores a 97%; 725 possuem cobertura entre 90% e 97%; 732 sedes urbanas registram um patamar de 70% a 90%; enquanto 539 apresentam índice inferior a 70%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.