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18/Out/2021

Crescimento econômico do Brasil perdendo fôlego

A atividade econômica brasileira interrompeu a sequência de dois meses de crescimento e apresentou queda em agosto. O Banco Central informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) caiu 0,15% em agosto ante julho, na série já livre de influências sazonais. Em julho, o avanço havia sido de 0,23% (dado revisado). Em agosto, o desempenho do varejo ampliado (-2,5%) decepcionou as expectativas, conforme o indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meio à inflação alta, assim como o comportamento da indústria (-0,7%) ficou aquém do esperado diante dos problemas na cadeia de suprimentos global. Por outro lado, o volume de serviços prestados ficou um pouco acima do esperado (0,5%) em meio ao avanço da vacinação contra a Covid-19 e ao processo de reabertura da economia. De julho para agosto, o índice de atividade passou de 139,44 pontos para 139,23 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde junho deste ano (139,12 pontos).

Na comparação entre os meses de agosto de 2021 e agosto de 2020, houve crescimento de 4,74% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 141,93 pontos em agosto, o melhor desempenho para o mês desde 2018 (143,36 pontos). O indicador de agosto de 2021 ante o mesmo mês de 2020 mostrou desempenho dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro. Apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou alta de 6,41% em 2021 até agosto. O percentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta alta de 3,99% nos 12 meses encerrados em agosto. O indicador subiu 6,26% no acumulado do trimestre de junho até agosto de 2021 ante o mesmo período do ano passado, na série sem ajuste. O IBC-Br registrou alta de 0,21% no acumulado do trimestre de junho até agosto na comparação com os três meses anteriores (março a maio), pela série ajustada sazonalmente.

O Banco Central revisou dados de seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de julho foi de +0,60% para +0,23% e o índice de junho também passou de +0,92% para +0,23%. O resultado de maio foi revisado de -0,60% para -0,41%. No caso de abril, o índice foi de +0,55% para +0,45%. O dado de março passou de -1,77% para -1,74% e o de fevereiro foi de +1,63% para +1,66%. Em relação a janeiro, o indicador continuou em +0,51%. Conhecido como uma espécie de "prévia do Banco Central para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%. Esta estimativa foi atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), no mês passado. No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo Banco Central, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021.

Segundo a Austin Rating, a queda de 0,15% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto mostra um certo desalento da economia brasileira, mas ainda dentro de um contexto de recuperação. Não é um esgotamento dos efeitos da reabertura. É um processo de ajuste natural. O cenário é de cautela enquanto a atividade econômica ainda mede a reação da população ao avanço da vacinação. A resposta tem sido bastante positiva, mas o alerta está ligado diante dos riscos no radar para 2022, principalmente com a crise hídrica, pois o risco de racionamento ainda existe. As crises fiscal e política seguem, o aumento da taxa de juros e a inflação de dois dígitos. Além de todos esses riscos, ainda tem o ano eleitoral, a questão do setor imobiliário na China e a mudança de política monetária dos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.