15/Out/2021

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo brasileiro propostas para serem apresentadas à Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que acontece entre 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. O documento da entidade apresenta recomendações para as negociações em três frentes: finalização do Livro de Regras, com foco no Artigo 6, que estabelecerá o mercado global de carbono; mobilização de financiamento climático e transferência de tecnologia; e adaptação à mudança climática.

A indústria brasileira está comprometida com essa agenda e irá à COP-26 mostrar as boas experiências. Embora já seja responsável por uma baixa intensidade de emissão de carbono, a indústria brasileira entende a relevância do seu papel nessa agenda internacional. Por isso, está agindo para reduzir emissões de gases de efeito estufa e zerar o balanço de carbono. Entre as principais reivindicações da CNI, está a criação do mercado global de carbono, por meio da finalização do livro de regras do Acordo de Paris.

A proposta é de uma transição justa e com segurança jurídica entre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Quioto, e o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS), do Acordo de Paris. A CNI destaca que investimentos empresariais de cerca de US$ 32 bilhões foram feitos nos últimos 15 anos para a redução das emissões com base em critérios do acordo anterior que evitou a emissão de 124 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A entidade pede ainda por mais esforços da presidência da COP26 para garantir o compromisso de arrecadar US$ 100 bilhões por ano em recursos para o clima. O valor seria destinado ao apoio de países em desenvolvimento nesse processo, e à definição de um sistema de governança do fundo para o financiamento climático. Além disso, propõe que haja previsibilidade de recursos adicionais para ações de adaptação mudança climática. Esta é uma década decisiva para a questão climática e é urgente que países, empresas e sociedade tenham ações mais firmes e ambiciosas para evitar impactos mais severos do aquecimento global. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.