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11/Out/2021

China: crise energética impacta economia global

Segundo o Rabobank, as restrições ao uso de energia na China para as indústrias mais intensivas, como aço, alumínio e cimento, persistirão por meses e o país asiático continuará a se concentrar agressivamente nas importações de gás natural. Algumas indústrias já estão sob pressão. No setor de papel e papelão, a produção de caixas e materiais de embalagem já estava pressionada devido à demanda crescente durante a pandemia. Agora, os fechamentos temporários na China atingiram ainda mais a produção, levando a uma possível redução de 10% a 15% na oferta já para este mês outubro. Isso adicionará mais complicações às empresas que já sofrem com a escassez global de papel.

A cadeia de abastecimento alimentar também está em risco, pois a crise energética torna a época de colheita mais difícil para o maior produtor agrícola do mundo. Os preços globais dos alimentos já saltaram para a maior alta em uma década e há preocupações de que a situação vá piorar, à medida que a China luta para administrar as safras de milho, soja, amendoim e algodão. Nas últimas semanas, várias fábricas foram obrigadas a fechar ou reduzir a produção para diminuir o consumo de eletricidade, é o caso das processadoras de soja, que trituram o grão para produzir farinha para ração animal e óleo de cozinha.

Os preços dos fertilizantes, um dos elementos mais importantes da agricultura, estão subindo vertiginosamente, atingindo fortemente os agricultores que já sofrem com o aumento dos custos. A indústria de processamento deve ser mais atingida do que commodities como grãos e carnes. No setor de laticínios, os cortes de energia podem interromper o funcionamento das máquinas de ordenha, enquanto os fornecedores de carne suína enfrentarão a pressão de uma oferta mais limitada de frigoríficos. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.