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06/Out/2021

Crédito Rural: forte alta de contratação em 21/22

Nos três primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022, os produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 97,75 bilhões para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira. O valor representou incremento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, distribuídos em mais de 668 mil contratos (+3%). Os financiamentos em investimentos registraram o maior crescimento em relação ao mesmo período do plano anterior (59%), com R$ 29,49 bilhões e 329 mil contratos firmados. Com maior valor liberado, as operações de custeio alcançaram perto de R$ 52,69 bilhões e 333 mil contratos, incremento de 27% e 6%, respectivamente. Nas outras finalidades, há procura por financiamentos de comercialização (+34% ou R$ 8,28 bilhões) e industrialização (+42% ou R$ 7,2 bilhões).

Os produtores rurais da Região Sul, historicamente, são os que mais contratam financiamentos. Até o momento, foram R$ 36,90 bilhões e mais de 277 mil contratos, o que representa, respectivamente, 38% e 42% do total nacional. O balanço do crédito rural mostra a forte demanda por financiamentos rurais nas Regiões Norte (aumento de 64% no valor e de 46% no número de contratos) e Nordeste, 34% no valor, embora a quantidade de contratos tenha sofrido redução de 5%. Entre os programas de investimentos na atual safra, o Moderfrota alcançou a maior parcela dos recursos programados (66%), seguido do Procap-Agro (50%) e de outras linhas/programas (45%). Segundo o Ministério da Agricultura, não há escassez de recursos de investimento na atual safra e o saldo disponível desses recursos, no conjunto das instituições financeiras, é de 60%.

As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e às suas cooperativas de produção, entre julho e setembro, foram os Recursos Obrigatórios (R$ 28,63 bilhões, alta de 71%), a Poupança Rural Controlada (R$ 21,97 bilhões ou +5%) e a Poupança Rural Livre (R$ 17,91 bilhões ou +129%). Essas fontes somaram 69% de participação no valor dos financiamentos rurais. A LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), com recursos não controlados, foi a única fonte que teve um decréscimo no valor (-46%) das liberações comparativamente à safra passada, o que representou R$ 4,03 bilhões. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.