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05/Out/2021

Diesel: competição entre os postos segura as altas

A alta do preço do óleo diesel da Petrobras já chegou às bombas. Na maioria dos postos, a revisão de preço foi inferior à da estatal, que aumentou em R$ 0,25 por litro. O que fez a diferença na hora de definir o repasse foi a competição entre os postos e a bandeira à qual cada um deles está atrelado. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), afirma que os postos refletem as marcas que ostentam, como Ipiranga, Petrobras, Shell e as bandeiras brancas. A dimensão e o tempo do repasse são definidos por essas empresas. Assim que a Petrobras anunciou o reajuste, as distribuidoras avisaram aos seus revendedores que aumentariam o diesel imediatamente. Os postos não têm margem suficiente para absorver essa alta.

A margem média bruta no diesel está em torno de 5%. O aumento justo do óleo diesel seria, na verdade, de R$ 0,22 por litro. Isso porque parte do produto vendido nas bombas sai da Petrobras. O restante, 12%, é composto por biodiesel, que não foi reajustado nos últimos dias. Há ainda uma parcela relativa ao ICMS, calculado sobre o preço de refinaria. A revisão do tributo, após o reajuste da Petrobras no dia 28 de setembro, passou a valer no dia 1º de outubro e ainda não está refletida nos postos. As alíquotas e valores de base variam a cada Estado. Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), as mais recentes revisões por litro de diesel comum variaram até R$ 0,029 por litro. Esse valor máximo é o do Amapá.

Em São Paulo, foi de R$ 0,01 por litro e no Rio, de menos de R$ 0,10 por litro. A margem da distribuição e da revenda respondem juntas por 14,2% do preço final pago nas bombas pelo diesel comum, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras participa com 57%; o biodiesel, com 14,1%; e os tributos estaduais e federais, com 14,3% e 0,5%, respectivamente. Representante das grandes distribuidoras, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) não quis comentar o reajuste do preço do diesel. O setor foi alvo de ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o fim das bandeiras nos postos ajudaria a baixar os preços dos combustíveis. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.