ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Set/2021

Protecionismo é ameaça à conservação ambiental

Segundo o Ministério da Agricultura, durante o Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC) realizado nesta quarta-feira (29/09), o protecionismo no comércio agrícola dificulta a conservação do meio ambiente. Não se pode ignorar a persistência de políticas protecionistas em muitos países. Um bom ponto inicial seria reduzir imediatamente tarifas e barreiras não tarifárias, pois medidas protecionistas reduzem vantagens competitivas e atrapalham produtores eficientes, ameaçando a conservação ambiental. A OMC tem papel importante de "parar de expor países em desenvolvimento a competição injusta e negar acesso a mercados. Membros da OMC concordaram com setor agrícola reformado há décadas, mas hoje muitos temem reforma. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que a OMC precisa agir para eliminar um problema antigo e persistente: os subsídios agrícolas.

Muitos países usam a proteção ambiental como desculpa para apoiar produtores economicamente, mas o ganho ambiental nem sempre vem. O Brasil é um dos poucos países capazes de responder a dois desafios globais: a garantia da oferta de alimentos e a preservação do meio ambiente. No entanto, o País ainda tem seu "dever de casa" doméstico. Mesmo que não diretamente relacionado à agricultura, o principal deles é o desmatamento. Embora o nível atual ainda seja distante do pico de 1995 e 2004, o Brasil continuará lutando pela redução. No entanto, as áreas agrícolas mais produtivas do País não estão na Amazônia. A maior parte dos ganhos de produção ocorrem por aumento da produtividade, não expansão de área. Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), para que a agricultura global absorva novas tecnologias que elevem a produtividade e a sustentabilidade, é necessário que o produtor tenha condições econômicas de investir.

Os produtores farão a transformação sustentável no solo, mas para isso, é preciso dar a eles as condições de investir. É preciso trabalhar com eles para conhecer a realidade, saber os desafios e lhes dar as condições. Uma dificuldade é que cerca de 70% das propriedades rurais no Brasil são de pequenos produtores, e que para cada dólar gasto com alimentos em países ricos, só algo entre US$ 0,07 e US$ 0,10 vai para os produtores. Em países em desenvolvimento como o Brasil, chega a ser menos do que isso. Desse modo, há menos recursos principalmente para pequenos produtores, muitos dos quais vivem em condições de pobreza. Quanto à sustentabilidade, a entidade afirmou que o produto agrícola brasileiro já carrega uma captura parcial de carbono, porque as propriedades rurais do País precisam, por lei, ter uma percentagem de reserva ambiental. Essa é uma diferença em relação a outros países do mundo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.