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29/Set/2021

Preços agrícolas pressionam indústria de alimentos

O aumento das principais commodities agrícolas utilizadas na indústria de alimentos variou de 18% a 74%, de agosto de 2020 ao mês passado, o que para o consumidor final, pode representar em média alta 20%. De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), milho, óleo de soja e café robusta subiram 74%, 67% e 63%, respectivamente, no período. O açúcar e a soja tiveram alta de 58% e 37%, o trigo avançou 35% e o leite encareceu 21%.

O impacto é alto, uma vez que as matérias-primas agropecuárias e as embalagens respondem, em média, por mais de 60% do custo de produção industrial. O milho, vendido a R$ 1.644,00 por tonelada em agosto (R$ 97,50 a saca de 60 Kg), teve a maior variação (74%), entre outros motivos, pela oferta restrita no mercado interno e no mundo. A redução de 25% da produção da 2ª safra de 2021, devido ao clima menos favorável, contribuiu para diminuir o ritmo de comercialização do grão no mercado interno.

Os preços internacionais da commodity permanecem pressionados pelas projeções de uma produção inferior ao consumo, com redução proporcional dos estoques para o ano e a demanda em crescimento da China. A indústria não tem capacidade de absorver 100% dos custos, que acabam se desdobrando no preço final dos alimentos. A entidade defende uma alíquota reduzida para alimentos.

Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a média da carga tributária sobre os alimentos no Brasil é de 23%, uma das mais altas do planeta, e para os produtos da cesta básica a carga média de tributos é de 9,8%. O valor atual da cesta básica praticado em algumas capitais brasileiras consome quase 60% do salário-mínimo, pior proporção em 15 anos. Fonte: Money Times. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.