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24/Set/2021

Brasil vai chegará à COP26 em posição fragilizada

Segundo o Insper, a posição do Brasil será fragilizada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que ocorrerá entre outubro e novembro deste ano. Não há nem concordância entre ministérios sobre o que vai ser levado. Hoje, o Brasil tem posição de confrontação com o mundo. O País não tem aliados atualmente. Nenhum líder estava do lado do discurso que o presidente Jair Bolsonaro fez na ONU esta semana. O ano de 2021 pode ser o melhor da história em exportações agrícolas brasileiras, mas também será um dos piores em termos de imagem.

Apesar das vantagens em energia limpa, plantio direto, integração lavoura-pecuária, e Código Florestal, o Brasil tem um lado vilão, que é a ilegalidade. O desmatando atinge 1 milhão de hectares por ano. No passado, o País desmatou 3 milhões, mas no começo dos anos 2000, caiu para 500 mil hectares. Neste século, em 8 anos, o desmatamento foi reduzido. Então, não é impossível, mas precisa de comando e controle, regularização fundiária na Região Norte e implantação do Código Florestal. O Brasil erra na comunicação.

Às vezes o País pela insistência no autoelogio; se considera o mais sustentável, o mais competitivo. Não é o governo brasileiro ou o presidente Bolsonaro que tem que dizer isso, são pessoas de fora do País. Uma forma de contar a história do agronegócio é aumentar a participação do setor privado em eventos no exterior. Uma coisa é conversar no Brasil, outra é participar desses debates no exterior. Quando se trata de estar nos fóruns internacionais, ativos, falando inglês, são poucos os brasileiros que fazem isso.

O presidente Jair Bolsonaro fala como chefe de facção ideológica e política, e não pelo País. Há temores de que a imagem negativa do País possa comprometer relações diplomáticas e interesses nacionais. O governo tem criado conflitos com a China, o maior parceiro comercial do Brasil. Os problemas diplomáticos geram insegurança em outros países. A China fez seu plano quinquenal na área da agricultura e tomou providências para reduzir a dependência em importação de alimentos e diversificar fornecimento de alimentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.