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24/Set/2021

Juros: aumento da Selic visando conter a inflação

Com a inflação rondando os dois dígitos no acumulado dos últimos 12 meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou, na quarta-feira (22/09), novo aumento de 1% para a Selic, que passou de 5,25% para 6,25% ao ano. Com a decisão, a taxa básica de juros está agora no seu maior patamar desde agosto de 2019 (6%). Foi o quinto aumento consecutivo dos juros e o segundo em sequência na casa de 1%, após três altas iniciais de 0,75%.

O Copom já adiantou que deve manter o mesmo ritmo de ajuste no seu próximo encontro, marcado para 26 e 27 de outubro. Nos últimos meses, a inflação medida pelo IPCA vem subindo em razão, principalmente, do aumento dos preços de energia, dos combustíveis e dos alimentos. Com isso, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 9,68%. O mercado estima que a inflação termine o ano em 8,3%, segundo o último Boletim Focus, bem acima do teto da meta que deve ser perseguida pelo Banco Central, de 5,25%.

O aumento das taxas de juros neste momento indica um esforço do governo para levar a inflação para a meta no ano que vem, que é de 3,5% (com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo). O Copom reforçou declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que irá levar a Selic até onde for necessário para combater a inflação. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista.

O comunicado do Copom não reforça o cenário mais drástico de aumento da taxa de juros para um patamar acima de 9% ao ano. O Banco Central demonstra que precisa de mais informações para definir uma possível extensão do ciclo de alta da Selic. Existe uma recuperação contratada da economia para este ano. Mas, as últimas projeções passaram a ter crescimento menor do PIB para o ano que vem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.