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22/Set/2021

Clima: chuvas acima da média para essa Primavera

A baixa umidade que continua a prevalecer nas principais regiões produtoras do País mantém lento o início do plantio de grãos nesta safra 2021/2022. Mas, as previsões meteorológicas indicam que a primavera, que vai começar pontualmente às 16h21 desta quarta-feira (22/09), terá chuvas acima da média, o que tende a normalizar o ritmo dos trabalhos e evitar que grandes atrasos nas lavouras de soja prejudiquem posteriormente a safrinha de milho, como aconteceu no ciclo 2020/2021. O retorno das chuvas depois do inverno, que é naturalmente seco, não vai demorar tanto quanto no ano passado. Segundo a Climatempo, no fim desta semana já haverá chuvas mais frequentes e, no mais tardar na segunda semana de outubro, as precipitações vão ficar acima da média. Em geral, esse cenário será observado nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do norte do Paraná, onde é normal chover entre 600 e 700 milímetros ao longo da primavera.

Na terceira semana do mês que vem, os volumes deverão aumentar ainda mais, inclusive no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Abaixo da região norte do Pará, a umidade do solo já é satisfatória para a semeadura. Embora 2021 seja mais um ano de ocorrência de La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico e interfere no regime de chuvas na América do Sul, o fenômeno não define o clima sozinho. Como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou, outro ponto de atenção é como ficarão as temperaturas nas águas do Atlântico. O aquecimento no Atlântico Norte não está muito maior que no ano passado, quando o número de tempestades de furacões bateu recorde nos Estados Unidos e no Caribe. Esse fenômeno levou as chuvas da América do Sul para o Hemisfério Norte e deu origem à longa estiagem observada no Brasil. De qualquer forma, por enquanto, a umidade ainda é baixa nas regiões produtoras do País, onde o calor também está intenso.

Assim, o plantio de soja alcançou apenas 0,1% da área prevista para esta safra 2021/2022 até o dia 16 de setembro, sobretudo por causa de avanços em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Mas, é muito cedo para se falar em atraso, já que o plantio normalmente só engrena mesmo em outubro. Com os mapas apontando tempo predominantemente seco e quente até a virada do mês em boa parte do Centro-Sul, a maioria dos produtores tende a aguardar melhora na previsão para acelerar o plantio, evitando assim ter de replantar em um ano marcado por aumento significativo nos custos de produção. Em Mato Grosso, só quem planta algodão na 2ª safra e quem recebeu melhores volumes de chuva já está em campo. As chuvas registradas nos três Estados da Região Sul, onde se concentram os trabalhos neste momento, favorecem a germinação e desenvolvimento inicial das lavouras e não chegam a prejudicar significativamente o ritmo da semeadura.

Segundo a Climatempo, depois de uma primavera mais chuvosa o País terá, a partir de 21 de dezembro, novamente um verão de precipitações irregulares. O normal para a Região Sudeste é volume entre 600 e 700 milímetros, enquanto a Região Centro-Oeste costuma receber mais de 800 milímetros. Ainda é difícil prever se essa irregularidade será marcada por cortes ou pancadas. Lavouras perenes como café, cana-de-açúcar e laranja, todas afetadas pela estiagem observada desde o ano passado e com quebras de safra nesta temporada 2021/2022, podem continuar sofrendo. Para os reservatórios, o cenário é difícil. Embora vá chover mais na primavera, a estação não é a mais chuvosa. Como hoje são péssimas as condições dos reservatórios, a tendência preocupa. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.