21/Set/2021

Meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, indicaram a possibilidade de ocorrência do La Niña em meados da primavera, ainda em outubro. O fenômeno, que se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, afeta diretamente o clima do Brasil. O La Niña poderá levar mais chuvas às Regiões Norte e Nordeste do País, enquanto, na Região Sul, as precipitações devem ocorrer com menos regularidade. Com o La Niña e com temperaturas mais baixas das águas oceânicas próximas à costa da Região Sul do Brasil e do Uruguai, cresce o risco de estiagem nas Regiões Sul e Sudeste. Sob esse quadro, as chuvas na Região Nordeste e na região Amazônica poderão aumentar significativamente.

Tudo vai depender da intensidade do La Niña e do dipolo do Atlântico, fenômeno que apresenta mudança na temperatura da superfície da água do mar no Oceano Atlântico Tropical. O La Niña, caso ocorra, será fraco e de curta duração. Se a ação do dipolo do Atlântico for mais forte, isso pode atenuar ou melhorar a situação. O La Niña poderá beneficiar a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Para essas localidades da Região Nordeste, caso o dipolo e o La Niña continuem a se comportar como estão, será favorável. O dipolo é mais importante entre janeiro e maio. As condições dele, principalmente nesse período, é que vão definir um bom padrão de chuva para a Região Nordeste. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.