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17/Set/2021

Nestlé: investimento na agricultura regenerativa

A multinacional suíça de alimentos e bebidas Nestlé vai investir 1,2 bilhão de francos suíços (cerca de US$ 1,3 bilhão) nos próximos cinco anos em projetos para estimular práticas de agricultura regenerativa em toda sua cadeia de fornecimento. Segundo a companhia informou, os projetos envolverão a sua rede de 500 mil agricultores e 150 mil fornecedores. A agricultura é responsável por quase dois terços das emissões totais de gases de efeito estufa da Nestlé, com laticínios e pecuária respondendo por cerca de 50% desse total. De acordo com a companhia, o estímulo às práticas regenerativas será realizado por três pilares: fornecimento de assistência técnica, apoio ao investimento e pagamento de prêmios para produtos agrícolas regenerativos.

Entre as medidas, a empresa citou que está desenvolvendo variedades de café e cacau com maior rendimento e menor impacto ambiental e avaliando soluções para reduzir as emissões de gases ligados ao efeito estufa na cadeia de lácteos. Em laticínios, a empresa afirmou que vai começar a trabalhar com 30 fazendas de referência em 12 países para testar práticas agrícolas renováveis, ecológicas e escalonáveis. Na ponta do investimento, o apoio da companhia se dará na facilitação dos empréstimos e no aporte em conjunto para projetos neste segmento. Na linha da bonificação aos agricultores, a empresa não forneceu detalhes de como serão os pagamentos, mas disse que recompensará e comprará quantidades maiores de produtores que projetam o solo, façam manejo adequado da água e o sequestro de carbono.

A Nestlé destacou que o anúncio é divulgado antes da Cúpula de Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York e que é uma contribuição da empresa para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. A agricultura regenerativa desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde do solo, restaurando os ciclos da água e aumentando a biodiversidade no longo prazo. Entre outras metas relacionadas às mudanças climáticas, a companhia mantém o compromisso de reduzir pela metade suas emissões de gases ligados ao efeito estufa até 2030 e atingir a neutralidade em 2050. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.