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17/Set/2021

Varejo: ambiente é desafiador nos próximos anos

De acordo com a 2ª edição da pesquisa para saber qual será o futuro do varejo, feita pelo do Centro de Excelência em Varejo da FGV/SP em parceria com a Gouvêa Experience, nos próximos três anos, a vida no varejo não será fácil: a competitividade e a concentração das empresas devem aumentar, enquanto a rentabilidade do negócio deve cair. Uma das saídas para esse cenário mais hostil traçado pelos próprios empresários do setor é avançar no comércio online. A digitalização, iniciada na “marra” por muitos varejistas por causa da pandemia, virou mote de sobrevivência. Concluída na primeira semana deste mês, a pesquisa ouviu mais de 150 executivos, a maioria em cargos de direção e presidência de grandes companhias de diferentes segmentos. De acordo com a pesquisa, 87% dos entrevistados acreditam que o nível de competitividade no varejo deve aumentar. É um avanço de 8% em relação a 2020. Também mais da metade deles (52%) espera queda na rentabilidade das vendas.

E 63% acreditam que a fatia das cinco maiores varejistas deve crescer. Os três pilares pioraram em relação ao ano passado. Muitas empresas quebraram ou deixaram de operar em 2020 por causa da pandemia. E as que sobraram passaram a ter de competir com as gigantes que são ecossistemas. Estas travam uma disputa acirrada por preço, serviço e pela melhor entrega. Fora isso, o pano de fundo é uma economia que dá sinais de que não deve se recuperar rapidamente, com um consumidor mais exigente e comprando online. Um ponto que chama atenção é a alta representatividade das vendas online. A crença dos varejistas é que o e-commerce responda por quase 35% as vendas do seu setor em três anos. É um número surpreendentemente alto. Essa marca é alcançada só pela China. No Reino Unido e na Coreia do Sul, a fatia do e-commerce no varejo total é de 22%. Nos Estados Unidos, no Canadá e na França está na faixa de 10%.

No Brasil, o total do e-commerce chegou a 5% com a pandemia. Mas, dependendo do segmento, está em 30%, como em eletroeletrônicos. A perspectiva é de que o online responda por 10% das vendas em seis anos. A chacoalhada provocada pela pandemia que fez avançar o braço digital deve, a partir de agora, crescer ainda mais e se sofisticar. O ‘me chama no WhatsApp’ não basta e para virar o jogo. É preciso começar a tocar o negócio de uma forma menos intuitiva e mais científica, baseada em dados. É exatamente nessa direção que a quase cinquentenária Caedu, rede de artigos de vestuário para classe C, com 67 lojas na Grande São Paulo, está caminhando. Antes da pandemia, a rede não vendia online. Com o lockdown, a rede começou a vender por WhatsApp, que chegou a representar o faturamento de uma loja média. Em setembro, a companhia já estava com o próprio site. Agora, estrutura o banco de dados para conhecer os clientes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.