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10/Set/2021

Caminhoneiros: preocupações com abastecimento

A Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa as empresas do setor, informou que vem acompanhando com preocupação os registros de paralisações com bloqueios do tráfego em diversas rodovias do País e que não apoia nenhum tipo de paralisação. Os bloqueios nas rodovias podem provocar sérios transtornos à atividade econômica, impactando diretamente o abastecimento das cidades brasileiras, podendo haver graves dificuldades para realizar o transporte de produtos de primeira necessidade da população. A entidade cita entre os itens de primeira necessidade, alimentos, medicamentos e combustíveis.

A manifestação ocorre no terceiro dia consecutivo de protestos de caminhoneiros pelo País. A CNT desconhece o teor da pauta desses profissionais. A CNT pede que os governos (federal e estaduais) assegurem às empresas de transporte rodoviário de cargas o seu pleno exercício. A entidade espera que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalhe, decisivamente, para retirar os bloqueios e garantir a segurança nas nossas estradas. Com essas garantias, as transportadoras asseguram o restabelecimento da normalidade no abastecimento do País. Um movimento intitulado de “caminhoneiros patriotas” realiza protestos pelo País desde a manhã de terça-feira (07/09), na esteira de manifestações em prol do governo Bolsonaro que ocorreram no feriado de 7 de setembro.

Os atos são em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e pedem a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Havia pontos de concentração em rodovias federais em 14 Estados com interdições em 5 deles às 11h desta quinta-feira (09/09), informou o Ministério da Infraestrutura. A paralisação dos caminhoneiros, contudo, não é uma decisão unânime da categoria. Entidades que representam caminhoneiros autônomos e que chamam mobilizações a favor de demandas específicas da categoria não aderiram aos atos. Algumas entidades que representam os transportadores autônomos alegam que há envolvimento de empresas do setor no financiamento dos atos e na participação de seus funcionários nas manifestações. O bloqueio de rodovias federais promovido por caminhoneiros ainda não afetou o abastecimento de combustíveis no País e, segundo fontes do segmento de distribuição, o movimento está perdendo força e já não preocupa. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirma que não há risco de faltar produtos como gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. A agência enviou um ofício às distribuidoras de combustíveis pedindo que elas informassem se estavam tendo problemas com as paralisações de caminhoneiros e teve a resposta de que o cenário ainda não é tão crítico. As informações recebidas até o momento (12hs do dia 9 de setembro) não trazem nenhuma ameaça ao abastecimento de combustíveis.

Foram registrados alguns atrasos pontuais nas entregas, mas esses problemas estão sendo superados com a desobstrução das vias. O abastecimento de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo) está lento, mas também não parou. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), as empresas estão com dificuldade em vários pontos, mas alguns bloqueios estão se desfazendo e ajudando a aliviar o abastecimento. É cedo para falar em desabastecimento, mas a situação não deixa de ser preocupante e os custos das empresas devem aumentar com os protestos.

O Ministério da Infraestrutura informou paralisações em 15 Estados, com abordagem a veículos de cargas, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará. Segundo o ministério, houve 10% de redução de ocorrências de bloqueio desde o boletim anterior, da madrugada desta quinta-feira (09/09). O ministério também informou que corredores logísticos foram liberados pela PRF em: Minas Gerais, na BR-040; Rio de Janeiro, na BR-116 (Dutra/Barra Mansa) e BR-040 (Reduc); Espírito Santo, na BR-101; Paraná, na BR-376 e Goiás, em Anápolis, na BR-153. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.