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09/Set/2021

Caminhoneiros: categoria dividida sobre bloqueios

Diante dos protestos realizados nas estradas pelo País, a Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista enviou ofícios a autoridades nesta quarta-feira (08/09), em que pede "apoio urgente" e uma ação imediata das forças de segurança pública para garantir o trânsito da categoria pelas rodovias. No documento enviado ao diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao Ministério da Infraestrutura, à Presidência da República e outros órgãos, a frente critica os bloqueios e afirma que, em decorrência dos atos iniciados no 7 de setembro, ainda ocorrem obstruções de trânsito em estradas federais com madeiras, pedras e pneus.

Presidente da frente, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) descreveu também que existem ameaças à integridade física e danos ao patrimônio dos transportadores. Também ameaças à integridade física e danos ao patrimônio com lançamento de pedras contra caminhões de caminhoneiros e transportadores, e contra a Constituição, no que se refere ao livre direito de ir e vir, afirma no ofício. De acordo com informações da PRF divulgadas pelo Ministério da Infraestrutura no fim da tarde desta quarta-feira (08/09), as concentrações nas estradas são registradas em 8 Estados. A PRF atua para desmobilizar os bloqueios. O fato de o ofício ter sido enviado pela frente parlamentar Mista do Caminhoneiro reforça a falta de unanimidade da categoria sobre a paralisação.

Entidades que representam caminhoneiros autônomos e que chamam mobilizações a favor de demandas específicas da categoria não aderiram aos atos. Na semana passada, representantes da categoria já consideravam que poderia haver a presença pontual de transportadores nos movimentos, mas de forma isolada, sem organização associativa. Esse entendimento é endossado pelo Ministério da Infraestrutura. A pasta afirmou que os atos não são organizados por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e que a composição das mobilizações é heterogênea. No ofício da frente parlamentar, o deputado afirmou que os bloqueios estão sendo realizados de forma intransigente, agressiva e ameaçadora aos direitos constitucionais.

Foi solicitado apoio urgente e diligência imediata das forças de segurança pública, em especial da Polícia Rodoviária Federal de cada região do País para cumprir e fazer cumprir a legislação brasileira, garantir a liberdade dos caminhoneiros, conter e evitar intercorrências do tipo e sua evolução. As paralisações também foram criticadas pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou nota de repúdio aos atos e os classificou como políticos e dissociados das reivindicações da categoria de caminhoneiros autônomos. A NTC deixa claro que não apoia esse movimento, repudiando-o, orientando as empresas de transporte a seguirem em sua atividade e orientando os seus motoristas para, em caso de bloqueio ao trânsito dos seus veículos, acionarem imediatamente a autoridade policial solicitando sua liberação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.