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08/Set/2021

Amazônia: recuperação é meta plenamente factível

Montar uma política de parcerias para combater o desmatamento e as desigualdades. Com essa abordagem, é possível reduzir o impacto danoso da devastação na Amazônia, segundo Virgilio Viana, superintendente-geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). É possível, sim, recuperar a Amazônia, segundo Viana, apontando dados de um gráfico que mostra uma redução de 61% no desmatamento em unidades de conservação do programa Floresta em Pé, atendidas por iniciativas com amplo apoio de governos europeus e de uma extensa rede de empresas brasileiras - como Samsung, Bradesco, Petrobras, Coca-Cola, Lojas Americanas. Essa rede da FAS reúne 183 instituições em oito países da Pan-Amazônia e tem mais de 300 parceiros institucionais.

Entidade sem fins lucrativos, de utilidade pública e com uma gestão profissional de recursos e ações que seguem regras de "compliance", a FAS atua em pelo menos 16 áreas de proteção natural da Amazônia, envolvendo atualmente 7,5 mil comunidades ribeirinhas, além de periferias urbanas de Manaus e áreas de proteção do modo de vida indígena. São cerca de 40 mil beneficiados. No relatório deste ano, são 582 comunidades, com 39.352 pessoas diretamente afetadas pelo programa Floresta em Pé. Na Aliança Covid, chegamos a 385 mil pessoas envolvidas. A FAZ atua com comunidades que ficam a 15 dias de barco. Com parcerias apoiadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e governos estrangeiros, mais a participação daquelas empresas que têm programas para a região, a FAS tem um orçamento anual de R$ 40 milhões.

A entidade acredita que há, sim, um caminho para reduzir o desmatamento e aumentar a renda. Foi possível aumentar a renda média das comunidades em 202%, em valores corrigidos desde 2009. Houve melhora de todos os indicadores ele. O que falta é vontade política dos governos, como o governo federal, que hoje está desalinhado com o básico. Viana alerta, porém, que a pressão é crescente sobre a região. E cita a situação de Lábrea com o asfaltamento da BR 319, onde ocorre uma dupla dinâmica de grilagem de terras e extração ilegal de madeira. Também coordenador da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, da ONU, Viana diz que o País tem de adotar um objetivo audacioso. Pensar em investimentos na casa dos R$ 10 bilhões não com ações de polícia, mas sim com um plano de prosperidade verde, sustentável, e valorização das populações indígenas e ribeirinho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.