ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Set/2021

Clima adverso deverá afetar o PIB do Agronegócio

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária deste ano será afetado por condições climáticas desfavoráveis. Problemas como seca e geada, que prejudicaram a produção do milho 2ª safra de 2021, já pesaram sobre o resultado do setor no segundo trimestre do ano e devem se fazer presentes também nos últimos trimestres. Para o segundo semestre, o clima é a maior preocupação. Há receio sobre os possíveis impactos do clima na safra 2021/2022 com seca na Região Centro-Oeste e a questão hídrica dos reservatórios, que vai aumentar o custo de produção especialmente de aves e pecuária de leite.

Diante do clima adverso à produção agropecuária, a CNA vai revisar para baixo a expectativa de crescimento para o acumulado do ano. A entidade esperava alta de 2,3% no PIB do setor ante 2020, agora a previsão deve ficar próxima ao reportado em 2020, de 2%. Ainda haverá crescimento, mas em desaceleração ante a alta de 3,3% do primeiro semestre. Não será um corte significativo. O resultado será similar ao de 2020. A perspectiva considera um arrefecimento no PIB do setor no terceiro trimestre e uma retomada no quarto trimestre. Entre os produtos que devem contribuir positivamente para o desempenho do setor nos dois últimos trimestres deste ano, foi citada a estimativa de boa safra de trigo e aumento na produção de carnes. Este último fator vai depender do câmbio, das exportações e do consumo interno das proteínas.

Quanto ao segundo trimestre do ano, o avanço de 1,3% ante o segundo trimestre do ano passado é visto como positivo, embora tenha sido inferior às expectativas iniciais do ano. A alta poderia ser maior, caso não houvesse os efeitos climáticos adversos. Foi possível observar os impactos por clima no primeiro trimestre com atraso na safra de verão (1ª safra 2020/2021), o que se agravou no segundo trimestre com seca e geadas que prejudicaram a 2ª safra de 2021 de milho. A quebra na produção de milho foi maior que o estimado e, por isso, também o PIB do setor ficou abaixo do inicialmente esperado. Em contrapartida, bons resultados com a produção de soja, arroz e carnes compensaram a retração do milho no desempenho da agropecuária no trimestre.

O atraso na colheita de soja da safra 2020/2021 deslocou parte da produção que seria contabilizada nos primeiros três meses do ano para o período de março a junho. A atividade pecuária teve resultado significativamente positivo com maior produção puxada pela firme demanda internacional. Mesmo com o crescimento menor do que inicialmente previsto para o ano, a agropecuária tende a aumentar sua participação no PIB total do País este ano. No ano passado, o PIB da agropecuária contribuiu com 6,8% do PIB nacional. Este ano deverá crescer para acima de 7% e tende a chegar a 8% em 2022. A partir de 2022, com a retomada econômica dos demais setores, a participação da agropecuária tende a voltar para entre 5% e 6% do PIB nacional, nível considerado próximo da normalidade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.