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01/Set/2021

Tecnologia: IA impulsionará produtividade agrícola

O uso de sistemas de análise de dados e de inteligência artificial (IA) vai promover um novo salto tecnológico e produtivo no campo. A transformação é tão intensa que o mercado já usa o termo “agricultura de decisão”, parafraseando a “agricultura de precisão”, introduzida no Brasil nos anos de 1990 e marcada pelos sistemas de geolocalização, computadores de bordo e softwares para elaborar mapas de produtividade. Segundo a Fundação ABC, a diferença está no fato de que será possível ‘enxergar o futuro’, modelando cenários e realizando análises complexas. É uma nova fronteira do conhecimento, que permitirá cruzar dados da propriedade com informações sobre o clima, mercado, controle de pragas, gestão de recursos, entre outras.

Entre os desafios está o de disseminar a cultura digital. Os mais jovens querem sistemas aprimorados. Mas, produtores e agrônomos mais velhos vão exigir esforço de conscientização. O caminho, no entanto, é sem volta. A Fundação ABC acompanha o uso de sistemas por cooperativas no Paraná e ajuda no desenvolvimento de uma solução utilizada pelos cooperados da Frísia (Carambeí), Castrolanda (Arapoti e Castro) e Agrária (Guarapuava). Nestas propriedades, etapas como planejamento da safra, logística e operações de crédito já são todas feitas com ajuda de sistemas. O avanço da digitalização é algo natural e vai acelerar a inovação sistêmica no campo, permitindo o desenvolvimento de técnicas de manejo alinhadas com a sustentabilidade.

A pesquisa agronômica já se beneficia dos dados coletados pela automação no campo. A integração com as análises estatísticas vai fomentar mais projetos. A conectividade é outra demanda que cresce no Brasil rural. A Vivo comenta que o setor de telecomunicações está empenhado em estender as redes para o campo, levando cobertura de internet fixa e móvel. Mas, o modelo de negócios é muito diferente, pois trata-se de um segmento que tem necessidades específicas. No agronegócio, não adianta oferecer só a conexão à internet, é preciso empacotar as soluções, criando as bases para o produtor rural tirar proveito da automação, por meio da coleta de dados em tempo real de máquinas e equipamentos. Para servir o agronegócio, a Vivo investe em participação ativa no ecossistema de inovação.

Entre as parceiras, conta com instituições como Esalq-USP e Ericsson. Na Usina São Martinho, a Vivo e a Ericsson trabalham para implementar soluções que usam rede móvel de quinta geração. O objetivo é aumentar a eficiência agrícola e industrial com os recursos da nova tecnologia. Entre as soluções testadas está um drone conectado à infraestrutura da Vivo que é capaz de monitorar, em tempo real, áreas de cultivo de cana-de-açúcar para, no futuro, indicar áreas específicas para a aplicação de defensivos agrícolas. Segundo a Embrapa Informática Agropecuária, o Brasil é um grande produtor de proteína animal, mas ainda há pouca tecnologia aplicada no segmento. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.