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01/Set/2021

Brasil: oportunidades de exportação para a China

De acordo com a "Carta Brasil-China", publicada pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), apesar da grande concentração em soja, as exportações do agronegócio brasileiro para a China estão mais diversificadas. Há oportunidades crescentes em setores como carnes, frutas, laticínios e café. Em 2020, as exportações brasileiras atingiram 50% do volume importado pela China, ultrapassando US$ 22 bilhões. A pauta de exportação do setor está mais diversificada e apresenta grandes oportunidades para produtos brasileiros em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente. Esses segmentos, incluindo algodão e fibras têxteis, especiarias e produtos hortícolas, tiveram expansão significativa nas vendas para a China nos últimos quatro anos. Em alguns casos, os aumentos percentuais de volume e receita foram de três ou quatro dígitos.

No caso do café, as exportações brasileiras cresceram 157% em volume entre 2016 e 2020 e o consumo da bebida na China aumentou entre 7% e 17% anualmente (ante 2% no mundo). Apesar de ser conhecida como o país do chá, com uma classe média cada vez mais aberta a elementos do estilo de vida ocidental, é comum ver nas grandes cidades do país um número expressivo de cafeterias, que costumam atrair um público jovem e com maior poder aquisitivo. Esta mudança de hábito pode favorecer o consumo da bebida do Brasil, especialmente o tipo solúvel. A entrada do café solúvel brasileiro em pontos de venda físicos e online pode ser uma boa iniciativa para que os consumidores chineses passem a conhecer o produto nacional de forma gradual, enquanto o café torrado e moído poderia se tornar um mercado incremental ao solúvel quando a percepção do café na China sofrer uma transição de 'produto de luxo' para bebida de hábito diário. O Brasil é o segundo fornecedor do grão verde para a China, perfazendo 15,5% do volume importado pelo País.

A soja permanece sendo o principal produto brasileiro vendido para o país asiático, mas diminuindo sua participação na pauta exportadora. Em 2016, a oleaginosa contribuía com 70% das vendas do setor. Em 2020, o percentual foi de 62%, com o aumento do peso de outros produtos, sobretudo as carnes. Atrás da soja, as carnes brasileiras são o segundo principal produto comercializado na relação sino-brasileira, perfazendo 19% em 2020 ante 8% em 2016. Durante esse período, os embarques cresceram 275% em valor e 179% em volume. Entre as proteínas animais, a perspectiva é de queda no médio e longo prazo nas exportações de carne suína, diante da recuperação do plantel suíno chinês, e aumento nas vendas externas de carne bovina. Uma oportunidade para o Brasil, que apenas em 2020 foi responsável por 40% do volume importado pelo gigante asiático. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.