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01/Set/2021

Precificação de carbono contra mudanças no clima

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), não há tempo a perder e o mundo deve agir agora contra as mudanças climáticas. Tendo em vista a COP26, destaca-se a relevância de sinalizar aos mercados para agirem de forma favorável a uma economia climática, especialmente no que se refere aos créditos de carbono, como um passo importante. Além disso, o FMI sugere a escalada nos investimentos verdes e o trabalho por uma "transição justa".

Os avanços na ciência e tecnologia produziram vacinas contra a Covid-19 em tempo recorde, e são uma esperança de modelo de inovação e ação necessárias para desenvolver e comercializar tecnologias de baixo carbono. As respostas políticas à pandemia demonstram que os governos também podem tomar ações sem precedentes quando necessário. Politicamente, por mais desafiador que seja, o mundo precisa se livrar de todos os subsídios aos combustíveis fósseis, que são equivalentes a mais de US$ 5 trilhões por ano, mas são muito mais caros para o futuro da humanidade.

A precificação robusta do carbono ajudará a redirecionar no setor privado os investimentos e inovação para tecnologias limpas e incentivar a eficiência energética. De outra maneira, os compromissos do Acordo de Paris não poderão serem alcançados. Na prática, em 2030 o carbono deverá custar US$ 75,00 por tonelada na média global, em uma forte alta frente os atuais US$ 3,00 por tonelada. Nos investimentos, políticas de abastecimento verde podem aumentar o PIB global em cerca de 2% nesta década e criar milhões de novos empregos.

Em média, cerca de 30% do novo investimento é esperado de fontes públicas, tornando-se vital mobilizar financiamento privado para o restante. Na justiça, a precificação do carbono pode ser usada para transferências de renda, redes de segurança social e retreinamento para compensar os trabalhadores e empresas em setores afetados de alta emissão. Entre países, o apoio financeiro e a transferência de tecnologias verdes podem ser usadas.

As nações mais pobres do mundo contribuíram menos com as mudanças climáticas, mas são mais vulneráveis aos seus efeitos e menos capaz de cobrir o custo de adaptação. Desta forma, é do interesse global que as economias desenvolvidas cumpram seu compromisso de fornecer US$ 100 bilhões por ano para financiamento climático no mundo em desenvolvimento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.