31/Ago/2021

O embaixador da União Europeia, Ignacio Ybañez, afirmou que o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima, evento organizado pelos Estados Unidos em abril, foi recebido positivamente, mas que é preciso se transformar em fatos em relação ao combate ao desmatamento ilegal na Amazônia para mudar a imagem ruim do Brasil no exterior. O discurso é central, mas precisa ser traduzido em fatos. Ybañez afirmou que tem conversado com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, da Economia, Paulo Guedes, e do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Leite, e que tudo que puder ser feito antes da Conferência do Clima (COP-26), em novembro, vai deixar o Brasil com uma bagagem ótima.

O embaixador destacou a matriz energética sustentável do Brasil e os esforços do setor privado, mas disse que não bastam se não for consertado "elemento ruim" do desmatamento. O combate ao desmatamento é responsabilidade do governo, para cumprir a legislação brasileira. O Código Florestal brasileiro é um exemplo no mundo. Sem dúvida, a imagem mudaria para melhor. A União Europeia também se preocupa com o lado social e econômico e oferece cooperação via governos e empresas. Ele citou que haverá o evento Amazônia em Foco, em Belém (PA), em novembro, que será uma oportunidade de o setor privado europeu e brasileiro mostrarem que estão preparados para promoção de sustentabilidade.

O Parlamento europeu pode discutir o tema da regulação do mercado de carbono com o Congresso brasileiro. O embaixador destacou que a taxação do carbono é a opção escolhida pela União Europeia e defendeu que é uma política ambiental e não protecionista, como alguns críticos têm falado. A proposta da EU é compatível com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cobrança de impostos pode orientar o setor privado diante da preocupação com as mudanças climáticas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.