ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

31/Ago/2021

Sustentabilidade vai direcionar retomada econômica

O desenvolvimento sustentável, com ações concretas de respeito ao meio ambiente, deve direcionar a retomada econômica do setor agropecuário no pós-pandemia. A Embrapa Meio Ambiente afirmou que a agricultura sustentável não é mais uma opção, mas uma necessidade imperativa, sobretudo diante das evidências de mudanças climáticas. Instrumentos de bioeconomia, economia circular e economia verde devem dominar as relações de produção e consumo. Todas as modalidades convergem para um mesmo modelo de economia, baseado em novos processos e inspirado na própria natureza, onde tudo se recicla e nada é perdido nem desperdiçado.

Essa nova economia e a agricultura têm muito em comum: ambas são dependentes de sistemas biológicos e renováveis. A tendência é de crescimento no uso de produtos biológicos e de medidores de sustentabilidade na agricultura, dentro do processo de descarbonização da produção. A solução das “mazelas”, como o desmatamento ilegal e a perda de alimentos durante a produção e o consumo, também integra essa estratégia sustentável. O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), aprovado pelo Congresso, e alguns programas governamentais, como o RenovaBio e o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), são alguns dos instrumentos já em curso para colocar o País na rota da bioeconomia.

Segundo o Instituto Insper, há esforços do setor privado em adotar, na prática, o conceito ESG (governanças social, ambiental e corporativa). As mudanças climáticas e as desigualdades sociais são assuntos críticos para a humanidade. Podem matar muita gente. Por isso, é fundamental unirmos forças para encontrar alternativas para a agricultura. A Embrapa ajudou a fazer uma soja com ciclo mais curto, e nós já são hoje 17 milhões de hectares de pastos que estão em integração lavoura/pecuária. Foram feitas críticas a várias esferas de governo pela demora na implantação efetiva do Código Florestal e no combate ao desmatamento ilegal, que ocorre sobretudo em terras públicas.

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a crise de imagem internacional que o Brasil enfrenta na área ambiental não reflete a condição da maioria dos médios e grandes agricultores, que têm usado a inovação para garantir a sustentabilidade dos sistemas produtivos. Há problemas regulatórios e administrativos que o setor enfrenta quanto a regularização fundiária e licenciamento ambiental. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag) defendeu o reforço de instrumentos de segurança alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

A Contag também aposta no caminho da sustentabilidade, principalmente o tema da multifuncionalidade da agricultura ligada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). O Incra admitiu o alto grau de concentração de terras no Brasil e o impacto ambiental negativo da expansão da fronteira agrícola e defendeu a retomada da reforma agrária, financiada por fundo próprio. Agência Câmara de Notícias. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.