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30/Ago/2021

Dólar recua e fecha a semana abaixo dos R$ 5,20

O dólar marcou a quinta queda em seis sessões na sexta-feira (27/08), indo à mínima em mais de duas semanas e ficando abaixo de R$ 5,20 na esteira de um enfraquecimento global da moeda norte-americana após o banco central dos EUA sinalizar alguma postergação do corte de estímulos e minimizar chances de alta de juros. O dólar no mercado à vista fechou em baixa de 1,15%, a R$ 5,1965, menor valor desde 10 de agosto. A reação dos preços antecede uma agitada semana que trará uma pesada agenda de indicadores, como o PIB do Brasil do segundo trimestre e o relatório de empregos dos EUA referente a agosto. Em comentários preparados para discurso na conferência de banqueiros centrais de Jackson Hole, Jerome Powell, chefe do Fed, indicou que o banco central dos EUA permanecerá cauteloso em qualquer eventual decisão de elevar os juros enquanto tenta levar a economia de volta ao pleno emprego. Powell deseja evitar controlar uma inflação "transitória" e, ao fazê-lo, correr o risco de desencorajar o crescimento do emprego.

Mas ele concordou com muitos de seus colegas no entendimento de que cortar estímulos poderia ser apropriado ainda neste ano. No todo, as falas de Powell foram entendidas como um recado de que, no frigir dos ovos, a farta liquidez - em outras palavras, sobra de dólar - que tem irrigado os mercados globais desde o ano passado prosseguirá pelo menos até o fim de 2021, com sua eventual retirada devendo ser gradual. Com a perspectiva de não enxugamento da oferta de moeda, o dólar despencou aqui e lá fora. No Brasil, a queda do dólar concluiu uma semana de baixas quase ininterruptas da moeda, que anulou, assim, o ganho das três semanas anteriores, estes motivados pelo recrudescimento de tensões domésticas e também pelas incertezas acerca do Fed e da Covid-19. Na semana, o dólar recuou 3,50%. Nas três semanas anteriores, todas de alta, a cotação havia somado ganho de 3,39%. O forte ajuste no câmbio sugere que o mercado está começando a "queimar" parte do prêmio de risco acumulado desde o fim de junho, quando o dólar chegou a cair abaixo de R$ 4,90. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.