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30/Ago/2021

Agentes autônomos miram expansão no agronegócio

Unidades em cidades estratégicas na Região Centro-Oeste, treinamento sobre contratos futuros e proteção cambial e oportunidades na área de crédito e não só em investimentos. Esses são alguns dos movimentos que os grandes escritórios de agentes autônomos de investimentos (AAIs) estão fazendo para captar e fidelizar clientes, tanto pessoa física quanto jurídica, que atuam no agronegócio. A justificativa: é setor que mais cresce no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após um pico de alta de 14,2% em 2017, o setor agropecuário avançou 1,3% em 2018, 0,6% em 2019, e 2% em 2020, quando indústria e serviços perderam 3,5% e 4,5% por conta dos reflexos da pandemia. No primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020, a agropecuária cresceu 5,7%.

A Monte Bravo Investimentos, escritório parceiro da XP e com R$ 20 bilhões sob assessoria, estava de olho no setor e começou uma expansão com interesse no Centro-Oeste brasileiro. A unidade de Goiânia (GO) foi a que mais cresceu em custódia, alcançando mais de R$ 1 bilhão em um ano, e os clientes têm tíquete médio entre 20% e 25% maior que São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), por exemplo. A Zahl Investimentos, escritório parceiro da XP, também está focada nos clientes agro, com inauguração de unidades em Uberlândia (MG) e Goiânia (GO). Segundo a One Investimentos, escritório plugado ao BTG Pactual com sede em Minas Gerais e que mantém uma mesa de atendimento dedicada para commodities, o importante é entender o que o cliente quer e qual o ciclo de produção dele para então oferecer os produtos mais adequados. Depende da necessidade do agricultor.

Talvez os maiores exemplos dessa especificidade sejam a estratégia de proteção cambial e operações no mercado futuro, com o objetivo de segurar a taxa de câmbio e proteger contratos de compra e venda dos produtos, respectivamente. Até especulação, caso surja essa demanda. No caso da Acqua-Vero Investimentos, o processo ocorre pelo braço de soluções corporativas do escritório, o Avin Corp. Há muitos produtores rurais que ficam dependentes de financiamentos de bancos, o caminho tradicional para conseguir crédito. A Acqua-Vero viabiliza a operação e distribuição de produtos de investimento, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA). O Avin Corp existe há 15 meses, o atendimento não se restringe ao setor do agronegócio e nem todos os clientes são investidores na Acqua-Vero. Há filiais em regiões em que o agronegócio é muito forte, como Presidente Prudente, São José dos Campos e Campinas, no interior de São Paulo, e a equipe da Avin Corp atende esses clientes.

Até o fim do ano, Acqua-Vero deve entrar forte na Região Centro-Oeste do País. Na semana passada, o Banco do Brasil, tradicional no setor, anunciou a transformação de seis agências de private banking e a criação de mais duas agências para dedicação aos grandes produtores rurais (faturamento anual acima de R$ 10 milhões) na Bahia e em São Paulo. Mas, os agentes autônomos estão atentos aos avanços do BB e de outros grandes bancos em direção a esses clientes. Os grandes bancos ficaram por muito tempo em uma zona de conforto, mas já perceberam as corretoras crescendo e avançando com atendimento e produtos. Os grandes bancos ainda lideram com os clientes do setor, mas os agentes autônomos de investimentos têm se preparado. O cliente se sente confiante com a ‘bandeira’ de um banco, mas os AAIs estão preparados para mostrar conhecimento e apresentar produtos e soluções adequadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.