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30/Ago/2021

PIB do Brasil tem a projeção revisada para 2021

De acordo com previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou na sexta-feira (27/08) sua Carta de Conjuntura, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deverá ficar praticamente estável no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 0,1% frente aos três meses anteriores, pela série dessazonalizada. No último documento sobre a atividade econômica, o Ipea previa alta de 0,2% do PIB no segundo trimestre. De um lado, os efeitos do recrudescimento da pandemia de Covid-19 sobre o nível de atividade no início de 2021 se mostraram menos intensos do que no início da crise sanitária.

De outro lado, a indústria de transformação continuou enfrentando escassez de matéria-prima, o que restringiu a oferta em alguns segmentos. Para 2021 e 2022, o crescimento deve ser de 4,8% e 2% do PIB, respectivamente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o resultado oficial do PIB brasileiro no dia 1º de setembro. Se confirmada a projeção do Ipea, o PIB terá sua menor taxa de crescimento trimestral desde o início da recuperação econômica. Como divulgado pelo IBGE no início de junho, o PIB do primeiro trimestre cresceu 1,2% frente aos três meses anteriores, recuperando o nível registrado antes da pandemia.

A abertura das projeções do Ipea mostra mudanças menos sutis do que a estimativa para o resultado agregado do PIB. Pela ótica da oferta, foi reduzida a projeção para o resultado do valor agregado do setor agropecuário para 1,7% no segundo trimestre, frente aos três meses anteriores. A previsão anterior era de 2,6%. O corte reflete os impactos dos eventos climáticos recentes sobre a produção agrícola nacional. O setor de serviços, por sua vez, deve crescer 0,7% no segundo trimestre, frente ao primeiro, pela série com ajuste sazonal. É um ritmo melhor do que o previsto em junho, quando a estimativa era de alta de 0,1%.

O avanço da vacinação e retomada de alguns programas de transferência de renda vão manter o setor em recuperação também no segundo semestre. A recuperação do setor ao longo do ano continuará sendo um importante driver para o crescimento da demanda doméstica, com impactos positivos no mercado de trabalho. O pior do segundo trimestre terá sido a indústria. O PIB da indústria vai encolher 0,7% no segundo trimestre, frente ao primeiro trimestre, após os ajustes sazonais. Em junho, a previsão era de queda um pouco menos intensa, de 0,5% por essa mesma base de comparação. Esse setor continua a enfrentar escassez de matéria-prima e aumento de custos, o que restringe a oferta em alguns segmentos.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias seguirá como principal motor da economia. Esse componente deverá crescer 1,1% no segundo trimestre, frente aos três meses anteriores. Na previsão apresentada em junho, a estimativa era de crescimento de 0,6%. O ritmo de recuperação ainda modesto observado nos indicadores de mercado de trabalho, juntamente com a aceleração da inflação, constituíram dificuldades para um crescimento maior da demanda interna. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medidas dos investimentos), por sua vez, deverá mostrar queda de 6,8% no período. O consumo do governo tende a ter crescido 0,5% no segundo trimestre, por essa mesma base de comparação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.