27/Ago/2021

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o avanço de novas variantes do coronavírus pelo mundo é fator de preocupação e pode atrapalhar o agronegócio brasileiro. A escassez de contêineres, as dificuldades nos portos (na China, por exemplo) em função da nova variante trazem preocupações sobre a possibilidade de esse quadro se intensificar, porque interferem muito as exportações dos produtos do agronegócio brasileiro.

Outros fatores precisam ser monitorados pelo setor na safra 2021/2022, como a possibilidade de uma possível crise hídrica, já instalada em algumas regiões, e seu efeito sobre os custos de energia elétrica, que podem pesar para produtores que usam sistemas de irrigação. Outro ponto destacado foi a necessidade de contratação de seguro, em especial em regiões mais afetadas por La Nina.

Duas La Niñas seguidas, para alguns produtores, dependendo da região, se não tiverem seguro, é algo que abala o caixa e dificulta a tomada do crédito. Além disso, o cenário político brasileiro preocupa. Há discussões sobre a reforma administrativa, tributária, o debate sobre as eleições do ano que vem, que se anteciparam. Tudo isso pode afetar o câmbio e a retomada do crescimento econômico, que é tão importante inclusive para o mercado interno.

Com este cenário em vista, a entidade vem solicitando a redução do adicional de frete da Marinha Mercante, para diminuir os custos de importação de fertilizantes, soja e milho, ao menos de maneira temporária. Outra demanda apresentada ao governo pela CNA é a de subvenção a contratos de opção de venda para o milho que, ao facilitar a fixação do preço futuro do cereal por produtores, poderia estimular o aumento de produção no Sul do País, onde a cultura concorre com a soja. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.