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24/Ago/2021

Clima: aumenta probabilidade de La Niña em 2021

Segundo o novo relatório semanal da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), aumentou a probabilidade de La Niña de 67% para 70% para o próximo verão do Hemisfério Sul. Se confirmada a ocorrência, seria o segundo ano consecutivo desse fenômeno climático que altera o regime de chuvas e clima, um fato raro. De acordo com a Bolsa de Valores de Rosário (BCR), nos últimos 35 anos essa repetição de La Niña consecutiva ocorreu apenas três vezes: nas temporadas 2008/2009, 2011/2012 e 2017/2018. Foram três das piores campanhas de soja e milho da Argentina.

Passadas duas semanas desde a publicação do último índice ONI (Oceanic Niño Index), a NOAA deixa claro que há uma tendência firme para a instalação de La Niña, principalmente entre os meses de novembro de 2021 a fevereiro 2022. A dúvida que ainda existe é em torno de qual será a intensidade do evento. Nos anos de ocorrência do La Niña, as regiões agrícolas da Argentina e do sul do Brasil recebem até 30% menos chuvas do que o normal. Na Argentina, por exemplo, a soja teve quebra de até 38%, enquanto para o milho os rendimentos baixaram consideravelmente.

O relatório da BCR acrescenta que os sinais de mau tempo no atual inverno do Brasil e da Argentina são indicadores de dificuldade. O nível de seca é extraordinário, é um dos mais importantes que já visto. Está tendo um impacto como nunca visto antes no abastecimento de água para a população e nos níveis de energia. As barragens estão funcionando em níveis bem abaixo do normal e isso se reflete nos problemas com o Rio Paraná. Essa seca tem poucas chances de se reverter até pelo menos novembro. A administração brasileira de alarmes ambientais não vê respostas favoráveis nos modelos climáticos. A situação é muito incerta.