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12/Ago/2021

Varejo: inflação e juros inibem apetite consumidor

Segundo o Rabobank, a pressão inflacionária e o aumento tempestivo dos juros por parte do Banco Central (BC) retiram apetite do consumidor e ajudam a explicar a frustração com os dados do varejo em junho. Setores mais ligados a renda tiveram uma decepção maior no mês, que fechou com queda de 1,7% no varejo restrito e de 2,3% no ampliado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O que se observa em vestuário (-3,6%), combustíveis (-1,2%) e supermercados (-0,5%) mostra essa preocupação com a inflação.

Talvez até ocorram melhoras nesses segmentos nos próximos meses, mas devem ser pontuais. Pode ter acontecido, também, uma antecipação de compras que tirou um pouco do impulso em junho. Porém, o varejo encerra o segundo trimestre de forma ainda positiva, com a sensação de que o setor deve contribuir bastante para o Produto Interno Bruto (PIB), devido ao aumento da mobilidade e ao progresso da vacinação. Para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) no terceiro trimestre, o cálculo do Rabobank é de carrego estatístico de -0,3% no varejo restrito e de -0,5% no ampliado. É esperado um crescimento tênue e mais estável do comércio no segundo semestre, sem avanços muito fortes.

A Selic se encaminha para o terreno contracionista, e isso acaba dificultando o consumidor manter seu padrão de compra. Apesar da surpresa para baixo na PMC de junho, foi mantida a expectativa de estabilidade (0,0%) para o PIB do segundo trimestre. A estimativa para o resultado anual da economia é de expansão de 5,0%. Segue o acompanhamento sobre como os choques inflacionários impactam a perspectiva de aumento de juros. E a crise hídrica ainda pairar no ar continua sendo um revés para crescimento mais forte. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.