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11/Ago/2021

Inflação tem a maior alta para julho desde 2022

Segundo a Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,96%, ante um avanço de 0,53% em junho. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,76%. Em 12 meses, o resultado foi de 8,99%. A alta de 0,96% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho foi o maior resultado para o mês desde 2002, quando subiu 1,19%. A taxa de julho também foi a mais elevada no ano de 2021. O resultado fez a taxa de inflação em 12 meses atingir o maior patamar desde maio de 2016, quando estava em 9,32%. Em julho de 2020, o IPCA ficou em 0,36%. Como consequência, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 8,35% em junho para 8,99% em julho, ante uma meta de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano. O IPCA está acima do teto da meta para este ano, que seria de 5,25%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 1,02% em julho, após um avanço de 0,60% em junho. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 5,01% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 9,85%. Em julho de 2020, o INPC tinha sido de 0,44%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma elevação de 0,43% em junho para um aumento de 0,6% em julho, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O grupo contribuiu com 0,13% para a taxa de 0,96% do IPCA no mês. A alimentação no domicílio acelerou o ritmo de elevação de 0,33% em junho para 0,78% em julho. As famílias pagaram mais pelo tomate (18,65%), frango em pedaços (4,28%), leite longa vida (3,71%) e carnes (0,77%). Por outro lado, os preços caíram para a cebola (-13,51%), batata-inglesa (-12,03%) e arroz (-2,35%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% em junho para 0,14% em julho, com aumentos mais brandos no lanche (0,16%) e na refeição fora de casa (0,04%). As famílias brasileiras gastaram 3,1% a mais com habitação em julho, uma contribuição de 0,48% para a taxa de 0,96% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês. A energia elétrica subiu 7,88%, após já ter aumentado 1,95% no mês anterior. O item teve o maior impacto individual sobre o IPCA de julho, uma contribuição de 0,35%. Houve manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 na passagem de junho para julho, mas o valor adicional cobrado sobre as contas de luz foi reajustado em 52% a partir de 1º de julho, passando a uma cobrança extra de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos, ante um acréscimo anterior de R$ 6,243. O encarecimento da energia elétrica também é consequência de reajustes tarifários em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

Ainda em Habitação, houve aumentos nos preços do gás de botijão (4,17%) e do gás encanado (0,48%). As famílias também gastaram mais com aluguel residencial (0,93%), condomínio (0,66%) e taxa de água e esgoto (0,33%). Os gastos das famílias com transportes passaram de uma elevação 0,41% em junho para uma alta de 1,52% em julho, um impacto de 0,32% sobre a taxa de 0,96% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A principal pressão foi das passagens aéreas, com aumento de 35,22% e impacto de 0,10%. Também houve aumentos de preços no transporte por aplicativo (9,31%), ônibus urbano (0,38%) e ônibus intermunicipal (0,34%). Os combustíveis subiram 1,24% em julho, ante alta de 0,87% em junho. A gasolina aumentou 1,55% em julho, contribuindo com 0,09% para o IPCA do mês. O etanol recuou 0,75%, enquanto o óleo diesel subiu 0,96%. Houve aumentos também nos automóveis usados (2,23%), motocicletas (1,41%) e automóveis novos (0,54%), contribuindo conjuntamente com 0,07% no IPCA de julho.

Alguns produtos e serviços relacionados avançaram, como o pneu (1,68%), seguro voluntário de veículo (1,63%) e conserto de automóvel (0,67%). O pedágio aumentou 5,01%, influenciado por reajustes em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). As famílias gastaram 0,65% a menos com Saúde e cuidados pessoais em julho, o equivalente a um impacto de -0,09% na inflação de 0,96% no mês. A queda foi puxada pela redução de 1,36% no item plano de saúde, com impacto de -0,05%, decorrente do reajuste de -8,19% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 8 de julho, com vigência retroativa a maio de 2021 e cujo ciclo se encerra em abril de 2022. Desse modo, no IPCA de julho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio, junho e julho. Os produtos farmacêuticos ficaram 0,59% mais baratos em julho, contribuição de -0,02% para o IPCA. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.