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10/Ago/2021

Preços agrícolas avançam com as geadas e a seca

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a aceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), na passagem de junho para julho, foi puxada pela inflação das commodities (matérias-primas com cotação internacional) agrícolas, cujas safras foram afetadas por geadas e seca. O IGP-DI registrou alta de 1,45% em julho, após um avanço de 0,11% em junho. Os destaques foram a soja e o milho, no atacado, que haviam registrado deflação em junho. A soja em grão passou de um recuo de 8,12% em junho para uma alta de 2,84% em julho. O milho em grão saiu de um tombo de 8,75% para um avanço de 4,62%.

Por causa dos preços de ração, feita a base desses grãos, a inflação das aves e do leite seguiu pressionada no atacado. O leite in natura ficou 6,52% mais caro em julho (ante 6,49% em junho) e as aves subiram 5,41% (ante 5,70% em junho). A inflação do atacado como um todo teve alta de 1,65% em julho ante uma queda de 0,26% em junho. Além da soja, do milho, do leito e das aves, os alimentos in natura saíram de um recuo de 4,00% em junho para 2,23% em julho, sinalizando para novas pressões nos preços de alimentos para o consumidor. No IPC-DI, que mede os preços no varejo, a Alimentação é uma das três classes de despesa que acelerou em julho, de um total de oito. Os preços dos gastos com alimentação passaram de uma alta de 0,34% para avanço de 0,78%.

Os preços de hortaliças e legumes ainda estão em deflação (-0,17%), mas em forte aceleração ante o tombo de 6,93% verificado em junho. As outras duas classes de despesa do IPC-DI que aceleraram na passagem de junho para julho foram Habitação (0,89% para 2,09%) e Educação, Leitura e Recreação (1,15% para 1,42%). Na contramão, desaceleraram os grupos Transportes (1,04% para 0,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,20% para 0,00%), Vestuário (0,41% para 0,08%), Despesas Diversas (0,24% para 0,02%) e Comunicação (0,02% para -0,09%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.