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06/Ago/2021

Acordo Mercosul-Coreia do Sul beneficiaria Brasil

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um acordo comercial entre o Mercosul e a Coreia do Sul seria benéfico para o Brasil e contribuiria para o aumento das exportações, produção, atração de investimentos e bem-estar dos consumidores brasileiros. Apesar de a indústria brasileira ser contrária ao acordo com o país asiático, o estudo mostrou que todos os ramos de atividade teriam um aumento de produção, assim como nas exportações, com exceção da indústria extrativa, que teria uma leve queda nas vendas ao exterior no período de 20 anos, que é o prazo para que a redução de tarifas entre totalmente em vigor. A projeção é que, nesse período, o acordo, nos termos que estão sendo negociados, levaria a um crescimento de 49% nas exportações do Brasil para a Coreia do Sul.

Já as vendas do país asiático para os brasileiros aumentariam 250% nas duas décadas. O nível de proteção da Coreia do Sul já é bem mais baixo do que do Brasil, por isso, quando o País abrir a economia, o ganho deles é maior. Mas, não é preciso preocupar-se sobre qual país está ganhando mais, e, sim, se o Brasil está ganhando. É um jogo de cooperação. O acordo com os sul-coreanos vem sendo negociado pelo Brasil e Uruguai, mas tem a oposição da Argentina. Pelas regras do Mercosul, porém, acordos tarifários só podem ser firmados com países de fora do bloco com o aval de todos os membros. Os representantes do governo brasileiro tentam, até agora sem sucesso, mudar as regras para permitir que os países membro possam firmar entendimentos com outros países bilateralmente, o que permitiria, por exemplo, o fechamento das negociações com a Coreia do Sul.

Segundo o estudo do Ipea, o PIB brasileiro teria um incremento de R$ 66 bilhões em 20 anos (0,49%) e de 1,16% no investimento e 0,32% no salário real no período. Além disso, haveria um ganho de bem-estar para os consumidores brasileiros com a redução de preços em geral que representaria US$ 4,75 bilhões nas duas décadas. Foi utilizado o modelo de equilíbrio geral, que considera os efeitos da redução tarifária não apenas em cada setor, mas analisa os impactos secundários sobre o resto da economia. É uma medida mais precisa porque questiona se, no fim das contas, a sociedade como um todo estará melhor ou pior depois do acordo. Neste caso, é positivo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.