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06/Ago/2021

Endividamento das famílias tem nova alta em julho

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias com dívidas no País alcançou em julho 71,4% do total de entrevistados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), alta de 1,7% em relação a junho, renovando o recorde da série histórica. Em relação a julho de 2020, houve alta de 4,0%, maior variação nessa base de comparação desde dezembro de 2019. O crescimento do endividamento, em meio à inflação pressionada e ao mercado de trabalho fragilizado preocupa, principalmente porque houve aumento da inadimplência na Peic de julho.

O total de brasileiros com dívidas ou contas em atraso aumentou pelo terceiro mês seguido, alcançando 25,6% das famílias, 0,5% acima de junho, mas 0,7% abaixo de julho de 2020. A parcela dos consumidores que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, o que sinaliza para continuidade da inadimplência, passou de 10,8% em junho para 10,9% em julho, 1,1% abaixo do nível registrado em igual mês de 2020. O tempo de atraso no pagamento das dívidas também vem crescendo, reflexo das dificuldades enfrentadas pelas famílias na faixa de menor renda, em especial, para quitarem seus compromissos financeiros em dia.

O aumento no número de endividados em julho ocorreu nas duas faixas de renda investigadas na Peic, mas a proporção de famílias endividadas chamou mais atenção no grupo que recebe até dez salários-mínimos, com avanço de 70,7% em junho para 72,6% agora, recorde da série histórica. No agregado, o cartão de crédito se manteve como principal forma de endividamento. A proporção de endividados no cartão de crédito também renovou a máxima da série histórica, chegando a 82,7%.

Este meio de pagamento é o mais difundido pelas facilidades de uso, mas é também o que oferece o maior custo ao usuário, sobretudo quando se torna crédito rotativo. A entidade demonstrou preocupação também com o ciclo de elevação dos juros, após o Banco Central (BC) aumentar a taxa básica Selic de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano, em decisão anunciada na quarta-feira (04/08). O aumento dos juros em curso no País encarece as dívidas, principalmente na modalidade mais buscada pelos endividados hoje, que é o cartão de crédito. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.