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05/Ago/2021

Juros: taxa Selic novamente elevada pelo Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (04/08) elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 4,25% para 5,25% ao ano. O aumento de 1% já era esperado por parte dos analistas do mercado financeiro, que estimam a taxa em 7% ao final deste ano. Esta foi a quarta elevação consecutiva da taxa em 2021. Em março, quando o Copom decidiu elevar a taxa pela primeira vez em quase seis anos, a Selic passou de 2% para 2,75% ao ano. Em maio, subiu de novo, para 3,5%. E em junho, passou para 4,25%. A decisão do Copom é motivada pela alta da inflação.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, registra alta de 3,77% no acumulado do ano até junho e 8,35% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os fatores que têm puxado o aumento da inflação para cima estão os preços da energia elétrica e dos combustíveis. O mercado financeiro estima que a inflação terminará o ano em 6,79%, segundo dados do Boletim Focus. O resultado, se confirmado, ficará acima do teto da meta. O processo de aumento dos juros, que teve início em março e deve prosseguir nos próximos meses gera algumas consequências para a economia, entre as quais:

-Reflexos nos juros cobrados pelos bancos, que já vêm sendo pressionados pelos "riscos fiscais" (aumento de gastos públicos) e pela previsão de alta da inadimplência, além do quadro político e das novas variantes de Covid-19;

-Influência negativa no consumo da população e nos investimentos produtivos, impactando, assim, o emprego e a renda;

-Aumenta a remuneração das aplicações financeiras no Brasil, estimulando o ingresso de recursos na economia e atenuando as pressões de valorização do dólar;

-Aumenta as despesas com juros da dívida pública.

O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2021, a meta central é de 3,75%. Pelo sistema de metas, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021. Para o ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.