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05/Ago/2021

Dólar fecha praticamente estável abaixo de R$ 5,20

O dólar oscilou nesta quarta-feira (04/08), mas fechou praticamente estável ao fim de uma sessão em que repercutiu dados econômicos e sinais da política monetária nos Estados Unidos, em meio às expectativas para o Copom e ao ruído fiscal mais recente. O dólar teve variação negativa de 0,03%, a R$ 5,18, após variar entre R$ 5,16 (-0,48%) e R$ 5,24 (+1,08%). A moeda norte-americana começou a quinta-feira (04/08) em leve queda, mas ensaiou alta posteriormente frustrada por dados mais fracos de emprego nos Estados Unidos. A partir de 11h, contudo, a cotação teve um rali puxado por dados mais fortes de serviços nos Estados Unidos e por declarações "hawkish" (pró-aumento de juros) do vice-chair do Federal Reserve, Richard Clarida.

Os dois eventos corroboraram o debate sobre redução da oferta de dinheiro barato dos Estados Unidos, que desde o ano passado tem, em parte, sustentado preços de ativos arriscados, como o Real, em todo o mundo. No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas subia 0,26%, sustentando os ganhos conquistados. Mas, no Brasil, depois de bater a máxima da sessão no fim da manhã, o dólar começou a perder força, com analistas citando comportamento parecido no mercado de juros, a poucas horas da decisão do Copom. A MAG Investimentos previu uma alta de 1% e, no texto, o Banco Central deve deixar sinalizada outra elevação de juros na mesma magnitude para a reunião de 21 e 22 de setembro.

Juros mais altos beneficiam o Real, pois melhoram a perspectiva de entrada de recursos para investimento na renda fixa, potencialmente elevando a oferta de dólares e, assim, baixando o preço da moeda. Mas, o mercado de câmbio segue mantendo prêmio de risco acumulado desde o dia 30 de julho, quando o dólar deu um salto impulsionado por renovada insegurança fiscal. O dólar futuro teve alta de 2,6% frente ao Real desde então, enquanto no mesmo intervalo a moeda subia entre 0,1% e 0,6% ante peso mexicano, rublo russo e lira turca, alguns dos principais pares do Real. É normal o mercado pedir esse prêmio, não só pelos precatórios, mas pela reforma tributária, que todo dia tem um capítulo novo. Se houver alguma renúncia fiscal (na reforma tributária), menor arrecadação, é mais pressão sobre as contas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.