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05/Ago/2021

A importância de critérios ESG para o agronegócio

No mês passado nossa conversa aqui rendeu boas provocações e comentários em minhas redes sociais. Falamos sobre agro e comunicação, sobre a dualidade das grandes campanhas publicitárias para o agro que esbarra na limitação do diálogo entre o rural e o urbano, o doméstico e o internacional. O saldo foi a certeza de que precisamos mostrar com a maior clareza possível não somente o grau de tecnologia que utilizamos, mas o quanto as nossas práticas são sustentáveis e o quanto estão comprometidas neste pilar. Enquanto muito ainda se discute como e de qual forma comunicar, o agro já vivencia uma nova fase, mais argumentativa, possivelmente motivada pelos reflexos globais dos questionamentos gerados pelos debates recentes.

No Brasil entramos em um momento de despertar para o universo ESG com empresas do setor focadas em trabalhar e comunicar iniciativas de responsabilidade ligadas a pilares ambientais, sociais e de governança. A sigla, que em inglês é a abreviação de environmental, social and governance, ganha cada dia mais espaço nos mais diversos segmentos e cadeias do setor. Certamente que empresas de múltiplos setores aderem a esta tão necessária demanda, contudo o agro, como responsável por performar 26,6% do PIB brasileiro, é o setor que vem acelerando o processo de popularização do conceito ESG no País.

Grandes companhias vêm criando departamentos inteiros para estruturar, reforçar e comunicar suas ações ao mercado e público e ficou evidente que muitos destes projetos acabaram sendo colocados em prática com o início da pandemia. Mas o fato é que cada vez mais são necessárias ações que priorizem a segurança do ambiente de trabalho, das comunidades, dos alimentos em suas diversas cadeias, de produtos físicos e financeiros que entreguem alto percentual de sustentabilidade ambiental, social e econômica. E, indo além, se queremos um agro brasileiro cada vez mais forte e consolidado é vital que estas empresas multipliquem ações que insiram, valorizem e capacitem profissionais.

À medida que vivemos um universo agro plural, de várias oportunidades e possibilidades caminhando em paralelo a uma consciência coletiva cada vez mais exigente, encorpa a demanda por produtos como selos, controles, rastreio, inspeções e certificações. A fórmula é esta: o mercado olhará cada vez mais com simpatia e respeito os players empáticos aos temas da atualidade. Como costumo dizer, o agro se faz nos detalhes, inclusive nossa competitividade, portanto, seguindo a lógica, se a lição número um é comunicar melhor o agro, a lição número dois é posicionamento estratégico para um setor pujante, mas que precisa vencer desafios 365 dias por ano. Um forte abraço e até mais. Fonte: Andrea Cordeiro. Agência Estado.