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05/Ago/2021

Programa de fidelidade do agro com criptomoeda

Desde o dia 2 de agosto, o programa de fidelidade AgroVantagens, voltado ao setor agrícola, já oferece benefícios por meio de sua criptomoeda, a AgroBonus, com bonificações equivalentes a R$ 400 milhões. A iniciativa passará por testes até o fim de agosto. Nesse período, serão atendidos 35 mil clientes pré-cadastrados na plataforma, que integram a Associação dos Investidores em Criptoativos (Assic). Parte do grupo é formado por produtores rurais, que poderão usar a moeda digital para comprar itens como insumos, máquinas agrícolas e produtos de empresas parceiras do projeto. O valor de largada de cada AgroBonus será reajustado para acompanhar o avanço do setor, já que terá lastro na produção, terras ou documentos como a Cédula de Produtor Rural (CPR). Isso torna a cripto da AgroVantagens mais segura e à prova de inflação do que outras moedas digitais, como o bitcoin.

A ideia de criar uma moeda digital específica para o agronegócio brasileiro surgiu de duas percepções: a dificuldade que os produtores têm para acessar o crédito rural, seja pela oferta limitada de recursos no mercado, seja pelo excesso de burocracia das operações, e a disparidade entre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor e a desvalorização do Real, que limita o poder de compra do produtor rural. O PIB da agropecuária cresceu 24,31% no ano passado, chegando a quase R$ 2 trilhões, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), feitos em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Com o AgroBonus, é possível investir no agronegócio sem necessariamente ter uma fazenda. Mas, os produtores rurais serão o foco inicial da cripto. Por enquanto, a moeda será usada apenas para a compra de produtos nas empresas parceiras.

Futuramente, a AgroBonus deve ser listada em uma plataforma de negociação digital desses ativos (também conhecidas como “exchanges”). Seguem em andamento os acordos com as empresas que vão aceitar pagamento com AgroBonus e com as que oferecerão a cripto como recompensa (ou “cashback”). A estimativa é de que, dentro de cinco anos, a criptomoeda movimentará cerca de R$ 5 bilhões, com 50 mil clientes. As moedas digitais têm ganhado espaço no Brasil nos últimos meses. No início de julho, a cooperativa Minasul lançou oficialmente a Coffee Coin. Cada unidade da cripto da cooperativa equivale a 1 quilo de café verde presente nos estoques da empresa, que são auditados regularmente. Antes, em março, a startup argentina Agrotoken lançou a Soya, criptomoeda lastreada em toneladas de soja entregues em armazéns de tradings parceiras da empresa. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.