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04/Ago/2021

Rabobank eleva projeção do PIB do Brasil em 2021

O Rabobank elevou de 4,8% para 5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. Surpresas positivas com dados de atividade elevaram a projeção de PIB do segundo trimestre, de queda de 0,3% para estabilidade (0,0%) em relação ao primeiro. Em geral, os primeiros dados de atividade do segundo trimestre continuam vindo melhores do que o esperado, seguindo a boa performance do primeiro trimestre e a despeito da Covid-19. O Rabobank reduziu, no entanto, a previsão de crescimento do PIB de 2022, de 2,2% para 2,0%. No relatório, é citada a incerteza com relação à situação fiscal do País, os riscos da pandemia e as preocupações com a crise hídrica como possíveis fatores limitantes do desempenho da atividade.

A recente aceleração do ritmo de vacinação pode pavimentar o caminho para um crescimento mais disseminado, permitindo que o mercado de trabalho se recupere mais rapidamente na margem. A expectativa é de que a imunização completa da população adulta chegue no quarto trimestre de 2021. Mas, a normalização completa só é provável em 2024. O Rabobank elevou a previsão de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 de 6,4% para 6,5%. Foram mencionados riscos de pressão tanto de oferta quanto de demanda como razões para a revisão. Do lado da oferta, fatores como altos preços de commodities em Reais e disrupção da cadeia de suprimentos, agravada pela seca, começaram a pingar nos núcleos de inflação. Já que a atividade econômica está se recuperando mais rápido do que o previsto, as chances de pressões de demanda estão aumentando também.

As medidas tomadas para evitar faltas de energia em meio à crise hídrica no País podem empurrar o IPCA acumulado em 12 meses para perto de 9% no terceiro trimestre, o que criaria risco de contaminação da inflação de 2022. Mesmo assim, está mantida a expectativa de IPCA de 3,5% no ano que vem. É esperado aumento da taxa Selic a 7% até o fim de 2021 e juros estáveis neste nível em 2022, acima do nível neutro calculado pelo banco, de 6,5%. Os dados de inflação de junho (IPCA-15 e IPCA), pressões em tarifas de energia elétricas já mapeadas para a segunda metade do ano e o fato de que as expectativas de inflação para 2022 ainda precisam ser domadas nos fazem acreditar que o Banco Central vai levar a Selic a 7% até o fim do ano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.