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03/Ago/2021

Interesse nos critérios ESG é crescente no Brasil

Segundo a B3, o mercado tem observado um crescimento no interesse de empresas e investidores sobre os critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e de governança corporativa (ESG), especialmente no segmento do agronegócio. O setor soube trazer o tema para as operações e mostrou que é possível conciliar a produção, o meio ambiente e a produtividade. A bolsa brasileira, que já é carbono neutro há 9 anos, participa das preocupações com a sustentabilidade e contribui para uma economia sustentável e de baixo carbono ao disponibilizar infraestrutura e conhecimento sobre as operações verdes.

Foi ressaltada a importância de um diálogo entre o Estado e o setor privado para fortalecer as finanças verdes e disse que isso só vai acontecer com instrumentos financeiros adequados para viabilizar a canalização de capital. Como exemplo, foram citados alguns projetos nos quais a B3 está envolvida, dentre eles, a comercialização dos créditos de descarbonização, os CBios. Somente em maio deste ano, o volume comercializado chegou a 70% do verificado em 2020, a 12,3 milhões de CBios. Entre abril e dezembro do ano passado, foram comercializados mais de 18 milhões de CBios, dos quais 15 milhões foram aposentados.

O investidor brasileiro tem mudado o seu comportamento e passou a buscar propósito, além de remuneração. Tem crescido o olhar sobre a sustentabilidade e as empresas também estão se engajando e se preparando para atender a esta nova demanda no mercado financeiro. As empresas enxergam agora que há um benefício financeiro com a sustentabilidade, por exemplo, uma mitigação de riscos, além da diminuição do custo de capital em alguns casos. Se iniciou nesta segunda-feira (02/08), o recebimento de pedidos de listagem de fundos enquadrados com o Fiagro e nas próximas semanas devem ser observadas novas emissões desses fundos.

Ainda nesse sentido, a B3 tem sete índices ligados à sustentabilidade, dos quais se destacam o ISO e o ICO2. No ISO, a B3 tinha 30 empresas elegíveis aos critérios em 2020 e este ano já são 39 empresas. No ICO2, foi elevada a gama de elegibilidade e passou de 26 no ano passado para 62 ações, com 58 companhias, neste ano. Nos dois índices, há quatro empresas ligadas ao agronegócio e, além disso, outras quatro empresas do agronegócio estão fazendo oferta pública inicial de ações (IPO) neste ano. Quanto aos títulos com temática de sustentabilidade, ou ESG, são 24 debêntures, 15 CRAs, 2 CRIs e 4 cotas de fundos, que movimentaram R$ 12 bilhões apenas nesses produtos. Há um potencial grande de crescimento desse volume, já que globalmente foram movimentados US$ 700 bilhões no ano passado em produtos similares. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.