02/Ago/2021

Após a forte onda de consumo em 2020, supermercados e hipermercados têm registrado queda nas vendas desde maio, como reflexo da inflação e da renda menor. No dia 28 de julho, o GPA, dono do Extra e Pão de Açúcar, relatou recuo de 12,1% nas vendas brutas do 2º trimestre ante igual período de 2020, queda mais forte que a projetada por analistas. O Carrefour apurou retração de 7,3%. No dia 29 de julho, a ação do GPA fechou em queda de 7,40%, a R$ 31,42, arrastando outras varejistas. O papel do Carrefour recuou 1,54%, a R$ 19,24. A rede GPA foi afetada pela queda na renda e pelo desemprego. No grupo, os destaques positivos foram o braço de minimercados e o on-line, com altas de 27,7% e 32%, respectivamente.

No Hirota, as vendas caem desde maio. No mês passado, a queda foi de 7% sobre 2020, mas 5% acima de igual mês em 2019. Apesar desta alta, o desempenho não é comemorado. Há menos dinheiro circulando. O auxílio emergencial veio bem menor neste ano e há a reabertura de restaurantes, que também impacta os supermercados. O mercado já esperava uma queda por causa dos números fortes de 2020, mas chama atenção a intensidade do tombo, frente às projeções, e a dúvida sobre sua duração.

Segundo a Associação Paulista de Supermercados, há muitos efeitos negativos conjuntos no setor. Mesmo com inflação e desemprego altos, que poderiam limitar reajustes de preços, redes grandes e médias relatam que a indústria tem feito novos pedidos de aumentos em itens como higiene e beleza. A projeção do setor é de melhora dos resultados a partir de setembro ou outubro, o que levou as redes a aumentarem as promoções para tentar trazer tráfego às lojas. Há abandono de produtos que foram conquistas no passado, como iogurte e sucos de caixinha, por exemplo. Os hipermercados estão fazendo promoções para atrair consumidores. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.