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30/Jul/2021

Dólar recua e cai para menor nível em 4 semanas

O dólar emendou a segunda queda seguida ante o Real e fechou no menor patamar em quase quatro semanas nesta quinta-feira (29/07), replicando movimento global da moeda norte-americana, ainda sob a batuta da sinalização de manutenção de estímulos dada pelo Fed (o banco central norte-americano) na véspera. O dólar caiu 0,60%, e fechou a R$ 5,07, mínima desde o dia 2 de julho (R$ 5,05). A cotação oscilou de R$ 5,11 (+0,13%) a R$ 5,04 (-1,35%). No exterior, o índice do dólar caía 0,4%, para mínimas em um mês. A moeda dos Estados Unidos recuava ante 29 de uma lista de 33 pares. Alguns indicadores técnicos sugerem espaço para mais quedas do dólar.

Nesta quinta-feira (29/07), a moeda voltou a ficar abaixo de sua média móvel simples de 50 dias e chegou a ir além de 61,8% da retração de Fibonacci, cruzando um limiar técnico que indica devolução de 61,8% da alta entre o piso e o topo mais recentes. Além disso, o índice de força relativa de 14 dias, uma medida de velocidade e mudanças de preços de um ativo em relação a seu histórico, ainda está em cerca de 43, a alguma distância do patamar de 30, abaixo do qual um ativo (no caso, o dólar) por vezes é considerado excessivamente fraco, o que aumentaria chances de uma correção para cima.

A perspectiva de um dólar mais fraco é justificada pelos eventos recentes: a ausência de pressa do Fed em reduzir o suporte monetário e dados mais fracos nos Estados Unidos. Os dados mais fracos complementaram a reunião do Fomc (Fed) e fizeram o dólar manter a tendência de baixa. O mercado entendeu que o recado do Fed é de que os estímulos vão ser mantidos. A combinação entre dinheiro barato e mais juros no Brasil deve atrair capital para o País, aumentando a oferta de dólares e potencialmente derrubando a moeda.

Passado o Fed, o mercado volta as atenções para a decisão de política monetária pelo Banco Central do Brasil na próxima quarta-feira (04/08). Operadores estão divididos entre apostas de alta de 0,75% e de 1% e, recentemente, alguns departamentos econômicos de bancos migraram para estimativa de 1%. A Invest Smart vê um intervalo de R$ 4,80 a R$ 5,45 para o dólar nos próximos meses, a depender da continuidade da política acomodatícia nos Estados Unidos, de juros mais altos no Brasil, da trajetória fiscal doméstica e do clima político. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.