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30/Jul/2021

Preços ao produtor recuam durante mês de julho

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os custos ao produtor voltaram a avançar no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho, após mostrarem alívio em junho. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou de 0,42% no mês passado para 0,71% nesta leitura, puxado por aceleração do IPA industrial (0,94% para 1,50%). A alta foi contida pelo IPA agropecuário, que aprofundou o movimento de deflação (-0,90% para -1,33%). Apesar da aceleração na margem em julho, a inflação acumulada em 12 meses pelo IPA arrefeceu, de 47,53% no mês passado para 44,25% nesta leitura. Nesta base, o movimento de alívio foi visto tanto nos preços ao produtor agropecuário (53,29% para 46,65%), quanto no índice de produtos industriais (45,41% para 43,37%).

Efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada nos preços das rações orientaram a aceleração do índice ao produtor, que, nesta apuração, contou com a destacada influência de três itens: minério de ferro (-3,04% para 2,70%), adubos ou fertilizantes (5,70% para 14,28%) e leite in natura (6,20% para 5,74%). Nas aberturas por estágios de processamento, a aceleração do IPA foi puxada pelo aumento das matérias-primas brutas, de deflação de 1,28% em junho para alta de 0,09% em julho. Além do minério de ferro, suínos (-13,50% para 5,69%) e mandioca/aipim (-6,01% para 3,57%) ajudaram a inverter o sinal do grupo. Na outra ponta, o comportamento da cana-de-açúcar (7,73% para 1,36%), café em grão (8,15% para 0,04%) e soja em grão (-4,71% para -5,92%) impediram uma aceleração mais forte.

Na outra ponta, houve desaceleração dos bens finais (1,32% para 1,08%) e bens intermediários (1,78% para 1,15%), puxados, respectivamente, por alimentos processados (2,45% para 1,36%) e materiais e componentes para manufatura (1,71% para 0,11%). As matérias-primas brutas acumulam inflação de 23,60% em 2021 e de 61,20% em 12 meses, enquanto bens finais têm alta de 10,38% no ano e de 23,90% em 12 meses e bens intermediários sobem 24,35% em 2021 e 46,15% em 12 meses. As principais pressões para cima sobre o IPA-M de julho partiram de aves (4,96% para 6,59%) e bovinos (1,19% para 1,73%), além do minério de ferro, adubos ou fertilizantes e leite in natura. Ajudaram a conter a alta do índice o milho em grão (-5,50% para -4,58%), óleo de soja bruto (-,144% para -10,48%), arroz em casca (-8,22% para -10,94%) e batata-inglesa (-17,29% para -23,71%), além da soja em grão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.