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29/Jul/2021

Endividamento das famílias bate um novo recorde

A crise econômica trazida pela pandemia de coronavírus fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados nesta quarta-feira (28/07) pelo Banco Central (BC) mostram que, em abril, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%. Este é o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005. O cálculo leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses.

Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual possui certa defasagem. Por isso o resultado divulgado nesta quarta-feira (28/07) é de abril. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, que geralmente abarcam um montante considerável da renda das famílias, ainda assim o endividamento ficou em níveis elevados, de 36,0% em abril.

O percentual também é recorde para a série histórica. Em função da pandemia, muitas famílias brasileiras têm tido dificuldades para fechar as contas. Uma consequência disso é a procura maior por crédito, com consequente aumento do endividamento. Para se ter uma ideia, em abril do ano passado (segundo mês da pandemia), o endividamento total das famílias estava em 49,2%, 9,3% menor que o visto em abril deste ano. Os dados mostram ainda dificuldades para as famílias pagarem as obrigações mensais dos empréstimos e financiamentos bancários.

O comprometimento da renda mensal com essas dívidas ficou em 30,5% em abril, mesmo percentual registrado desde fevereiro deste ano. Em abril do ano passado, estava em 30,4%, mas antes da pandemia do novo coronavírus girava abaixo dos 30%. Se o financiamento imobiliário for excluído da conta, o comprometimento da renda ficou em 28,0% em abril, ante 27,9% em abril do ano passado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.