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28/Jul/2021

Confiança do consumidor é mais alta em 9 meses

Impulsionada por avanço da vacinação contra a Covid-19, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 1,3 ponto entre junho e julho, para 82,2 pontos. Com a elevação, o indicador se posicionou para o mais elevado nível em nove meses. Foi o quarto aumento consecutivo, mas o de menor magnitude. A menor intensidade reflete perda de fôlego na confiança do consumidor em julho, influenciada por preocupação entre os de menor poder aquisitivo com avanço da inflação e mercado de trabalho ainda fraco. A confiança do consumidor nos próximos meses deve prosseguir em retomada. Mas, o ritmo será lento e em menor magnitude. O saldo positivo do indicador foi puxado principalmente por expectativas mais favoráveis de junho para julho.

O Índice de Expectativas (IE) um dos subindicadores do ICCm subiu 2,5 pontos, para 90,8 pontos. O outro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,7 pontos, para 70,9 pontos. Um dos aspectos que contribuíram para essa piora na avaliação sobre momento atual foi o comportamento das famílias mais pobres. Na evolução do ICC por faixas de renda, as famílias com ganhos mensais até R$ 2.100,00 tiveram queda de 2,4 pontos na confiança em julho ante junho, para 71,7 pontos. Entre as famílias com ganhos acima de R$ 9.600,00, o ICC subiu 3,3 pontos (acima da média para todas as faixas), para 93,2 pontos. A inflação é um fator para derrubar a confiança entre os mais pobres, mas não é o único. Essas famílias de renda mais baixa operam com alto patamar de endividamento, sem emprego e sem reservas financeiras, mas precisam continuar a consumir.

Ainda há muitas dúvidas em relação a ritmo de abertura de vagas, ao longo do segundo semestre. Ao mesmo tempo, o quadro sanitário também engloba incertezas: não há como saber se a entrada de novas variantes de covid-19 no País poderia conduzir a piora na pandemia. A vacinação também conta com dúvidas, com algumas capitais recentemente suspendendo primeira dose por falta de imunizantes. A retomada vai continuar a ser muito lenta. A vacinação está avançando, o que impacta positivamente a atividade, como os setores de comércio e de serviços, muito afetados por restrições de circulação social em meio à pandemia. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.