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28/Jul/2021

Consumidores: 50% têm preocupações ecológicas

Segundo estudo global do escritório de auditoria e consultoria PwC, mesmo diante da crise econômica provocada pela Covid-19, e da necessidade de buscar produtos mais baratos para acomodar no orçamento doméstico, a ideia da sustentabilidade parece ter entrado de vez nos hábitos de consumo. Na média global, 50% dos consumidores afirmaram se considerar ecológicos em suas decisões de compra. No Brasil, 49% deram essa resposta. A pesquisa entrevistou 8.681 pessoas em 22 países. Essa preocupação ganhou mais abrangência, atingindo um número maior de pessoas. A ideia está difundida entre as classes sociais. A pesquisa perguntou sobre o posicionamento do consumidor. Por isso, é possível dizer que a ideia está difundida entre consumidores de diferentes perfis.

Só que o estudo não traz elementos que permitam afirmar se as famílias efetivamente mantêm esses hábitos de consumo na prática, ou seja, um consumidor pode ter respondido que tem preocupações ecológicas, mas, por restrições de renda, não consegue colocar isso em prática. Tanto que 56% dos entrevistados afirmaram que se consideram “orientados por preço”, ou seja, procuram pagar menos ao comprar. No Brasil, a proporção dos que se definiram essa forma foi maior, com 67%. A preocupação com os preços não está associada apenas à dinâmica de renda e à crise econômica. Esse consumidor é diferente. É aquele que consegue pegar um ‘smartphone’, passear pelas plataformas de consumo, numa prateleira infinita. E ele vai atrás de preço. Vários especialistas em consumo e varejo vêm apontando que hábitos cultivados por causa da pandemia, como o uso do comércio eletrônico em meio ao isolamento social, vieram para ficar, acelerando tendências que já estava em curso.

Na pesquisa global da PwC, 51% dos consumidores disseram que “são digitais”. No Brasil, 74% se descreveram assim, embora a participação do comércio eletrônico nas vendas do varejo no País ainda seja pequena. Também veio para ficar o consumo “omnicanal”, em que os consumidores compram por diversos meios, incluindo o comércio eletrônico. Nesse modelo, as lojas físicas não são simplesmente fechadas, mas se transformam em centros de distribuição descentralizados ou em espaços de experimentação de produtos. Mesmo assim, a pesquisa captou diferenças entre a situação de cada país no enfrentamento da pandemia. O estudo foi a campo em março passado. Naquela ocasião, países desenvolvidos vislumbravam dias melhores, com a aceleração do ritmo de vacinação, enquanto o Brasil vivia o auge de uma nova onda de contágios. Na média global, 46% dos entrevistados disseram que faziam compras diárias ou semanais em lojas físicas.

No Brasil, as lojas físicas foram citadas como canal por apenas 26% dos entrevistados. A diferença está claramente relacionada ao endurecimento de medidas de restrição ao contato social verificado em diversas cidades no País no fim de março. Também está diretamente relacionada com a situação da pandemia em cada país a percepção dos consumidores sobre o turismo. No agregado global, 37% dos consumidores disseram que, provavelmente, pegariam um voo doméstico nos próximos seis meses, enquanto 30% pegariam um voo internacional e 43% achavam provável se hospedarem em hotéis. No Brasil, as três respostas ficaram citadas por proporções menores de entrevistados: 34% no caso dos voos domésticos, 24% nos voos internacionais e 34% na resposta sobre a disposição de se hospedar em hotéis. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.