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26/Jul/2021

Inflação: energia elétrica lidera as altas em julho

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,72% em julho, após ter avançado 0,83% em junho. Foi a maior alta para meses de julho desde 2004, quando o IPCA-15 subiu 0,93%. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,88% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 8,59%. Principal vilão da inflação apontada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), a energia elétrica ficou 4,79% mais cara. Foi o item de maior impacto de alta no indicador de julho, contribuindo com 0,21% da alta de 0,72% no agregado. Com isso, o grupo Habitação avançou 2,14%, com impacto de 0,33% no agregado, o maior entre os nove grupos de despesa.

A alta da conta de luz no IPCA-15 de julho já foi influenciada pelo reajuste da taxa adicional da bandeira vermelha. A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho, mas, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos. Além da cobrança adicional, a leitura de julho do IPCA-15 também captou reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo (SP), a partir de 4 de julho, e de 8,97% em Curitiba (PR), a partir de 24 de junho. Os preços dos itens da moradia ficaram pressionados para além da conta de luz. Os preços do gás de botijão (3,89%) e do gás encanado (2,79%) também subiram. No gás encanado, a alta foi puxada pelo reajuste de 9,63% no segmento residencial em São Paulo (SP), a partir de 31 de maio.

A tarifa de água e esgoto subiu 0,21% no IPCA-15 de julho, por conta dos reajustes de 6,90% em Porto Alegre (RS), vigente desde 1º de julho, e de 5,78% em Curitiba (PR), ocorrido em 17 de maio. O esperado arrefecimento nos preços de combustíveis veio no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de julho, mas a alta nas passagens aéreas contribuiu para deixar o grupo Transportes, com avanço de 1,07%, como o segundo maior impacto de alta do indicador, contribuindo com 0,22% do aumento agregado de 0,72%. Os preços de combustíveis subiram 0,38% no IPCA-15 de julho, ante elevação de 3,69% em junho. As passagens aéreas ficaram 35,64% mais caras, adicionando 0,11% ao IPCA-15 de julho, uma forte aceleração ante a queda de 5,63% registrada na leitura de junho. Também puxaram a alta dos preços do grupo os transportes públicos (4,14%).

O ônibus urbano subiu 0,16%, com o reajuste de 5,49% nas tarifas em Porto Alegre, a partir de 2 de julho. A alta de 0,15% no ônibus intermunicipal também foi influenciada pelo reajuste de 4,83% em Porto Alegre, a partir de 1º de julho. Os veículos próprios, que haviam subido 0,32% em junho, tiveram alta de 0,73% em julho. As motocicletas (1,93%), os automóveis usados (1,26%) e os automóveis novos (0,30%) permaneceram em alta e contribuíram conjuntamente com 0,04% no índice do mês. Também houve elevação de preços em produtos e serviços associados aos transportes, como pneu (2,76%), seguro voluntário de veículo (1,95%) e conserto de automóvel (0,40%). A alta de 2,44% de pedágio foi influenciada por reajustes em diversas praças, a partir de 1º de julho, em São Paulo – SP (3,11%) e em Curitiba – PR (0,33%). Os preços dos combustíveis desaceleraram a 0,38%, ante os 3,69% registrados no IPCA-15 de junho.

A gasolina subiu 0,50% em julho e acumula alta de 40,32% em 12 meses. Os preços do grupo Alimentação e bebidas subiram 0,49%, contribuindo com 0,10% do avanço agregado de 0,72%. Os preços dos alimentos consumidos no domicílio aceleraram de 0,15% em junho para 0,47% em julho. Contribuíram para essa aceleração as altas do leite longa vida (4,09%), do frango em pedaços (3,09%), das carnes (1,74%) e do pão francês (1,81%). Alguns itens com deflação evitaram uma alta maior nesses preços em julho. No IPCA-15 de julho, permanecem em queda os preços da cebola (-15,94%), da batata-inglesa (-14,77%), das frutas (-1,33%) e do arroz (-1,14%). Na alimentação fora do domicílio (0,52%), tanto o lanche (0,55%) quanto a refeição (0,53%) desaceleraram em relação a junho, quando registraram altas de 1,67% e 0,86%, respectivamente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.