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23/Jul/2021

Dólar fecha em alta e se mantém acima de R$ 5,20

O dólar fechou em alta moderada nesta quinta-feira (22/07) depois de ter oscilado bastante ao longo do pregão, novamente alterando perdas e ganhos, refletindo um cenário externo também instável e o aquecido noticiário político doméstico. O dólar subiu 0,36%, a R$ 5,21. A moeda variou de R$ 5,16 (-0,48%) a R$ 5,22 (+0,63%). No exterior, o dólar chegou ao fim da tarde de quinta-feira (22/07) perto da estabilidade, mas também mostrou volatilidade ao longo do pregão, marcado pela decisão de política monetária na zona do euro e por dados piores do mercado de trabalho norte-americano, ambos tendo como pano de fundo um ressurgimento dos receios em torno da Covid-19. Estrategistas do Société Générale chamaram atenção para o que consideram uma divergência entre aumento de casos e hospitalizações por Covid-19 em países onde a vacinação está avançada.

Isso indicaria retomada contínua da economia, o que favoreceria o dólar contra outras moedas. O euro, por exemplo, caía 0,2% na sessão, com o Banco Central Europeu (BCE) prometendo manter juros em mínimas recordes por mais tempo. No caso do Real, a tendência é de alta para o dólar depois de a divisa ter saído de um canal de queda que durou vários meses. A expectativa é que haja estabilização, com teto entre R$ 5,29 e R$ 5,31 e piso em R$ 5,10. Eventualmente, o salto pode persistir em direção à média de 200 dias de R$ 5,37, com o próximo obstáculo nas projeções de R$ 5,48 a R$ 5,50. Com as altas recentes, o dólar voltou a operar acima de sua média móvel de 50 dias, mas segue abaixo das médias de 100 e 200 dias, consideradas indicativos melhores de tendência num prazo mais longo. Nesta semana, o dólar tem se mantido numa faixa estreita entre R$ 5,19 e R$ 5,25, depois de ter encerrado a R$ 5,08 na semana passada.

A mudança de patamar veio acompanhada de mais uma leva de notícias políticas de Brasília, com o governo tentando fortalecer apoio no Congresso, mas às custas de menor autonomia do Ministério da Economia, em meio ao pior momento para o presidente Jair Bolsonaro desde o início de seu mandato e a debates ruidosos em torno da polêmica reforma tributária proposta pelo ministro Paulo Guedes. Bolsonaro confirmou que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou seu convite e deverá assumir a Casa Civil de seu governo. Ao mesmo tempo que a governabilidade melhora no curto prazo, é um risco enorme para o governo no médio prazo. Com o Centrão dentro do governo, há risco de mais pressão por emendas parlamentares e para outros gastos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.