21/Jul/2021

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) na segunda prévia de julho, de 1,26% para 0,66%, foi puxada por alívio nos custos dos produtos agropecuários (-0,66% para -2,46%) e industriais (2,02% para 1,87%). O índice de custos no atacado acumula alta de 44,18% em 12 meses. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) arrefeceu de 1,27% na leitura de junho para 0,72% nesta divulgação.

Em 12 meses, a inflação medida pelo índice na segunda prévia desacelerou de 36,65% para 33,75%. Todas as aberturas por estágios de processamento do IPA-M desaceleraram na segunda prévia de julho. O comportamento dos bens intermediários (2,46% para 0,95%) foi destaque da divulgação, puxado pelo alívio dos preços de materiais e componentes para a manufatura, de 2,83% para 0,16%. Os bens finais desaceleraram de 1,30% para 1,09%, puxados pelo subgrupo de alimentos processados (2,68% para 1,78%).

A inflação das matérias-primas brutas arrefeceu de 0,28% na segunda prévia de junho para 0,12% na mesma prévia de julho, puxada por alívios na soja em grão (-3,09% para -8,22%), cana-de-açúcar (6,22% para 1,55%) e milho em grão (-4,30% para 7,08%). Por outro lado, a desaceleração do grupo foi contida pelo minério de ferro (1,25% para 5,24%), suínos (-18,16% para 6,87%) e mandioca (-5,17% para 2,84%).

Além da soja e milho em grão, os principais responsáveis pelo arrefecimento dos preços ao produtor na segunda prévia de julho foram o óleo de soja bruto (6,32% para -14,76%), arroz em casca (-5,34% para -12,08%) e farelo de soja (-3,60% para -3,71%). Na outra ponta, ajudaram a conter a desaceleração do IPA-M adubos ou fertilizantes (4,09% para 10,96%), aves (3,46% para 5,95%), leite in natura (4,94% para 4,43%) e bovinos (0,66% para 1,81%), além do minério de ferro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.