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15/Jul/2021

Dólar recua e se aproxima novamente dos R$ 5,00

O dólar fechou em forte queda contra o Real nesta quarta-feira (14/07), refletindo o alívio de temores sobre um aperto monetário mais cedo do que o esperado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e uma recepção positiva dos investidores às alterações nas propostas de tributação do governo brasileiro. O dólar recuou 1,87%, a R$ 5,08. Essa é a desvalorização diária mais acentuada desde 31 de março de 2020, quando caiu 2,23%. O contrato mais líquido de dólar futuro, negociado na B3, recuou 1,69%, a R$ 5,08. Esse movimento veio em linha com o desempenho da moeda norte-americana no exterior.

O índice do dólar perdeu quase 0,5% nesta quarta-feira (14/07), enquanto peso mexicano, lira turca e rand sul-africano apresentaram fortes ganhos. O Federal Reserve afirmou que a política monetária dos Estados Unidos oferecerá forte apoio à economia até que a recuperação esteja completa, e descreveu o recente salto da inflação norte-americana como temporário. Isso gerou bastante euforia nos mercados. Assim, o dólar caiu bastante contra várias moedas emergentes. A sinalização mais "dovish", ou tolerante com a alta dos preços, tende a fornecer apoio para moedas arriscadas, uma vez que estimula o redirecionamento de recursos estrangeiros para países de juros mais altos.

Ao mesmo tempo em que há perspectiva de manutenção dos juros baixos nos Estados Unidos, pelo menos por ora, há perspectiva de uma taxa Selic mais alta no Brasil, o que deve continuar estimulando entrada de recursos no País. Em sua última reunião de política monetária, o Banco Central promoveu a terceira alta consecutiva de 0,75% da taxa Selic, a 4,25%, e indicou que vai anunciar aumento da mesma magnitude, pelo menos, em sua próxima reunião. Enquanto isso, os investidores comemoraram nesta quarta-feira (14/07) a notícia da véspera de que o parecer da reforma do Imposto de Renda (IR) prevê redução na tributação das empresas.

A percepção é de que há avanços na reforma tributária, com ajustes positivos para a economia, apesar da taxação de dividendos. Esses ajustes podem reduzir a carga do Imposto de Renda sobre pessoa jurídica. Apesar do bom humor, os investidores devem seguir atentos aos ruídos políticos domésticos em meio às investigações da CPI da Covid no Senado. Os agentes do mercado também digeriam a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro será levado a São Paulo para ser submetido a exames que determinarão se será necessária uma cirurgia de emergência. Com o fechamento desta quarta-feira (14/07), o dólar tem agora queda acumulada de 2% contra o Real em 2021, mas ainda está acima de uma mínima em mais de um ano de R$ 4,90 atingida em 24 de junho. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.